Policial que fazia segurança de Lula fornecia informações a grupo que planejava matar o presidente
Wladimir Matos Soares é agente da PF e atuou na segurança do presidente Lula antes da posse
Investigações da Polícia Federal aponta que um agente da própria PF que atuava na segurança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) antes da posse repassava informações ao grupo que planejava matar o petista. Wladimir Matos Soares foi preso nesta terça-feira (19/11) no âmbito da Operação Contragolpe, com outros investigados - a maioria militares - por tramar o suposto golpe de Estado.
A Polícia Federal afirma que, em mensagens trocadas com um capitão do Exército, Soares se colocou "à disposição para atuar no golpe de Estado, demonstrando aderência subjetiva à ruptura institucional”.
Em uma das mensagens, escrita em 20 de dezembro de 2022, o policial diz que ele e a sua equipe estão "com todo equipamento pronto para ir ajudar a defender o Palácio e o presidente. Basta a canetada sair!”.
Também foram encontradas mensagens enviadas pelo agente da PF a esse capitão em 8 de janeiro de 2023, após a invasão das sedes dos Três Poderes.
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Para os investigadores, ele atuou fornecendo informações, especialmente relacionadas ao então candidato eleito Lula, que pudessem de alguma forma subsidiar as ações que seriam desencadeadas, caso o decreto de golpe de Estado fosse assinado.
“Aproveitando-se das atribuições inerentes o seu cargo no período entre a diplomação e posse do governo eleito, (o policial federal) repassou informações relacionadas a estrutura de segurança do presidente Lula para pessoas próximas ao então presidente Jair Bolsonaro, aderindo de forma direta ao intento golpista”, diz a PF.
Quatro militares também foram presos pela Polícia Federal sob a suspeita de participação no suposto plano, que incluía a execução de Lula, do vice-presidente Geraldo Alckmin e do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
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