Participantes do concurso da PM acusam polícia de impedir manifestação
Ato ocorreria na Augusto Montenegro com o fechamento de uma via
Os participantes do concurso da Polícia Militar, que têm realizado protestos questionando critérios de corte para a segunda a fase, alegam terem sido impedidos de realizar uma nova manifestação no início da tarde de hoje (7), em Belém.
O ato ocorreria na avenida Augusto Montenegro, que seria fechada parcialmente por oitenta participantes. De acordo com um deles, a Polícia Militar reprimiu o protesto fazendo os cavalos da tropa avançarem sobre os manifestantes.
"Teve gente até que caiu no chão. Começaram a jogar os cavalos em cima da gente, alguns até pisaram no pé de alguns amigos, outros machucaram o tornozelo. O chefe da equipe [da PM] pegou o gás de pimenta para nos ameaçar, dizendo que não iria tolerar vandalismo. Não estávamos cometendo vandalismo algum", afirma ele, que preferiu não se identificar.
A liderança do protesto então recuou após as ameaças e agora segue na calçada, cercada pela Polícia Militar. Os manifestantes planejam um novo protesto para o próximo dia 14, e antes disso, se planejam para acampar ao lado da Casa Militar também em protesto, a partir do dia 9.
"O chefe da casa civil, a mando do governador, chegou lá para falar a mesma ladainha de sempre por mais de uma hora no Mangueirão. Depois disso a cavalaria avançou para cima do pessoal. Foi prometida a formação de sete mil policiais militares", afirma outra liderança, referindo-se a uma fala do governador Helder Barbalho (MDB) ao tomar posse em 2019.
Outro questionamento é o edital de abertura, que estabelece que a eliminação do candidato no certame deve ocorrer apenas se não for atingido o percentual de 50% de acertos na prova ou se a prova de português for "zerada". Inicialmente, segundo um membro da organização do protesto, foi divulgado que a nota de corte seria 34. "De repente, a nota de corte subiu para 47", disse.
Sobre os questionamentos dos participantes do concurso, a Secretaria de Estado de Planejamento e Administração (Seplad) informa que o concurso da Polícia Militar do Pará no edital 2.405 vagas para praças e oficiais e que os candidatos aprovados dentro do número de vagas serão chamados para as demais fases.
A nota afirma também que o cronograma "está sendo executado de forma planejada, respeitando os dispositivos legais e quantitativo de vagas ofertadas conforme o planejamento realizado pela secretaria e que trabalha para a execução de novos concursos públicos.
Procurado, o governo do Pará ainda não se manifestou sobre o ocorrido na tentativa de manifestação de hoje.
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