Parlamentares buscam projeto para anistiar Bolsonaro se ele ficar inelegível
Lei abarcaria todos os políticos que cometeram crimes eleitorais em 2022
Com o intuito de evitar a inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), parlamentares que apoiam o ex-presidente estão preparando um projeto de lei para anistiar todos os políticos que cometeram crimes eleitorais em 2022. O projeto, proposto pelo deputado Sanderson (PL-RS), excetuaria apenas aqueles que cometeram crimes hediondos, terrorismo, tortura e racismo. Essa iniciativa é vista como uma resposta dos apoiadores ao julgamento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que poderá tornar o ex-presidente inelegível por oito anos.
Durante a votação da ação que pode impedir Bolsonaro de concorrer nas próximas eleições, os correligionários atacaram o relator, Benedito Gonçalves, e reforçaram a tese de que uma condenação fortaleceria politicamente o ex-presidente. Mais cedo, Bolsonaro admitiu que a tendência é se tornar inelegível. Para a aprovação desse projeto, além de obter a maioria nos plenários da Câmara e do Senado, seria necessária a sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ou a derrubada de um eventual veto.
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Segundo o deputado, caso o projeto seja aprovado, Bolsonaro, por ser réu na esfera eleitoral, seria automaticamente anistiado. O colegiado do TSE está analisando uma ação movida pelo PDT, que questiona os questionamentos feitos pelo ex-mandatário ao processo eleitoral, sem apresentar provas, durante uma reunião com embaixadores realizada em julho de 2022. Benedito considerou procedente o pedido de condenação de Bolsonaro por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação, e solicitou sua inelegibilidade por 8 anos após as eleições de 2022.
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