Pandemia da covid-19 é tema de discussão entre Lula e Bolsonaro em debate

Primeiro encontro entre o candidato do PT e o do PL é marcado por críticas e xingamentos

O Liberal

No primeiro bloco do debate presidencial da Band neste domingo (16), os candidatos à Presidência da República Jair Bolsonaro (PL) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se desentenderam várias vezes ao falar sobre a pandemia da covid-19.

Durante uma dinâmica em que cada um dos presidenciáveis tinha 15 minutos para usar da forma como achasse melhor, entre perguntas, respostas, réplicas e tréplicas, o candidato petista perguntou ao atual presidente por que o Brasil demorou tanto para comprar vacinas contra o vírus, que surgiu no país no início de 2020, pouco mais de um ano após Bolsonaro assumir a Presidência.

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O mandatário respondeu que "não existia vacina a venda em 2020, em janeiro de 2021 o Brasil começou a vacinar, compramos mais de 500 milhões de doses de vacina, o Brasil foi o país que mais vacinou no mundo em tempo mais rápido". O candidato do PT retrucou que, quando o governo federal começou a vacinar a população, 57 países já tinham iniciado o processo, e que a morte de milhares de pessoas teria sido evitada se a vacina tivesse sido comprada no "tempo certo".

"Vou lhe contar como se vacina. Em 2010 tivemos H1N1. Em três meses vacinamos 80 milhões de pessoas, porque o Brasil tem expertise em vacinação. O senhor carrega nas costas o peso de pelo menos 400 mil pessoas que morreram", disse o ex-presidente.

Lula, que tenta voltar ao Planalto, citou um escândalo de corrupção envolvendo a compra de vacinas durante a pandemia e criticou a forma como Bolsonaro se comportou durante a crise sanitária. "Sua negligência fez com que 600 mil pessoas morressem quando mais da metade poderia ser salva. O senhor debochou, riu, disse que quem tomava a vacina virava jacaré, apareceu na televisão rindo, imitando pessoas sem ar, virou defensor de um remédio que não servia pra nada, certamente você não quis entender o sofrimento do povo", comentou.

Bolsonaro se defendeu das acusações. Durante sua fala, o presidente e candidato à reeleição afirmou que as acusações de Lula eram falsas. "Em fevereiro de 2020 decretamos estado de emergência no Brasil. O que eu dizia era que os mais saudáveis não precisavam ter medo da covid. O estado de emergência foi ignorado por quem queria o Carnaval a qualquer custo", pontuou. E ao ser acusado pelo adversário de ser o "rei das fake news e da estupidez", Bolsonaro concluiu dizendo que o Brasil foi exemplo na vacinação e que todas as vacinas foram compradas pelo governo federal: "Nos orgulhamos desse trabalho".

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