Ouvido pela PF, Marcos do Val culpa Daniel Silveira por reunião golpista

Senador prestou depoimento no âmbito do inquérito que apura atos de 8 de janeiro

O Liberal

Após depoimento à Polícia Federal, na tarde desta quinta-feira (2), o senador Marcos do Val voltou a afirmar que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ficou em silêncio durante reunião ocorrida em 7 de dezembro de 2022, para tratar do plano de um golpe de Estado, supostamente arquitetado pelo ex-deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ). E que, parte desse plano incluía 'gravar' o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, na tentativa de provar uma suposta interferência no processo eleitoral que acabou com a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Com informações do portal Metrópoles.

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Segundo ele, o plano foi apresentado por Daniel Silveira e Bolsonaro ficou calado. Quanto à renúncia, Do Val disse que a decisão ainda não foi tomada

A oitiva na sede da PF, em Brasília, requerida no âmbito da investigação que apura os atos golpistas de 8 de janeiro, durou cerca de quatro horas. Do Val foi convocado a prestar depoimento após acusar Daniel Silveira de arquitetar um plano para reverter a derrota do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nas últimas eleições, durante live transmitida na madrugada de hoje (2). Ele chegou a dizer que renunciaria ao mandato, mas acabou recuando, segundo ele, após ouvir os apelos de outros senadores, como Flávio Bolsonaro (PL-RJ).

Segundo do Val, a ideia de Silveira consistia em fazer com que um parlamentar levasse um grampo ao gabinete do ministro Alexandre de Moraes e fazê-lo admitir algum tipo de intervenção ilegal no processo eleitoral com o objetivo de beneficiar o então candidato Lula. Mas, diferentemente do que havia dito na live da madrugada, o senador negou a suposta coação que teria sofrido por parte de Bolsonaro "para que pudesse dar um golpe de Estado junto a ele".

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Já pela manhã, após a repercussão das declarações, do Val mudou a versão e disse que o ex-presidente teria ficado calado durante toda a reunião, transferindo para Silveira toda a responsabilidade pelo plano, e afirmou ainda ter denunciado tudo ao ministro Alexandre de Moraes. Na saída da sede da PF, em entrevista a jornalistas, o senador afirmou que, durante a reunião, Bolsonaro teria dito que iria "aguardar" para ver se Do Val aceitaria participar ou não do plano. Questionado se a resposta de Bolsonaro não indicaria que ele havia endossado a iniciativa, ele disse que isso teria que ser perguntado ao próprio ex-presidente.

“O Daniel que puxou o assunto. A ideia dele é que pudesse resolver um problema dele e do presidente”, afirmou. “Eu não sei o que eles conversaram entre eles [Bolsonaro e Silveira]. Eu não posso colocar aqui a fala do que o presidente estava pensando.”

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