Negociações entre Vale e governo federal para renovação de concessões estão próximas de um fim
A mineradora oferece cerca de R$ 16 bilhões para a renovação antecipada dos contratos de concessão da Estrada de Ferro Carajás (EFC) e da Estrada de Ferro Vitória a Minas (EFVM). O Ministério dos Transportes inicialmente queria R$ 25,7 bilhões.
As negociações entre a Vale e o governo federal para a renovação dos contratos de concessão da Estrada de Ferro Carajás (EFC) e da Estrada de Ferro Vitória a Minas (EFVM) estão próximas de um desfecho, segundo o ministro dos Transportes, Renan Filho. A EFC, que desempenha um papel crucial no Pará, é especialmente relevante para a região devido à sua importância no transporte de minério de ferro.
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Durante conversa com jornalistas ontem, Renan Filho informou que o governo está avaliando se aceita ou não a proposta da mineradora, que oferece cerca de R$ 16 bilhões para a renovação antecipada dos atuais contratos, que expiram em 2027. O Ministério dos Transportes inicialmente queria R$ 25,7 bilhões.
“O governo está verificando se aceita ou não proposta da Vale. Está próximo. A decisão depende de outras pessoas, mas espero que seja o quanto antes”, disse o ministro.
A Vale, que deseja a renovação da concessão válida pelos próximos 30 anos, declarou que as discussões com o Ministério dos Transportes visam otimizar os planos de investimentos nos contratos de concessão tanto da EFC quanto da EFVM, informando que realizou todas as suas obrigações e se mostrando otimista à respeito de um desfecho positivo.
“Desde a renovação antecipada dos contratos em 16 de dezembro de 2020, a empresa tem cumprido rigorosamente suas obrigações. Entre essas responsabilidades, está a entrega de 100% do compromisso cruzado da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol) e a aquisição de equipamentos necessários para a expansão da oferta de trem de passageiros. Adicionalmente, a Vale está realizando obras de mobilidade urbana e desenvolvendo a Ferrovia Integração Centro-Oeste (Fico)”, informou a empresa.
Revisão Geral
Essa revisão do governo federal em diversos contratos faz parte de um esforço mais amplo para reavaliar concessões ferroviárias firmadas durante a administração Bolsonaro, que, segundo a atual gestão, não foram tão vantajosas para o país.
A Estrada de Ferro Carajás, em particular, é vital para a logística do minério de ferro extraído no Pará, facilitando o escoamento da produção de grãos, fertilizantes e minérios como ferro e cobre para os portos de exportação. A renovação desse contrato é considerada crucial para assegurar a continuidade e a expansão das operações ferroviárias que suportam um dos maiores polos de mineração do Brasil.
A decisão final sobre a proposta da Vale poderá definir os próximos passos para os investimentos ferroviários no Brasil, influenciando diretamente o desenvolvimento econômico e a infraestrutura logística do Pará e de outras regiões atendidas por essas importantes ferrovias.
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