Ministro da Justiça pede providências por cena de masturbação em filme com Gentili e Porchat

Uma cena com Fábio Porchat repercutiu nas redes sociais neste domingo (13)

Luciana Carvalho
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O ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, informou que pediu a "vários setores" que tomem as "providências cabíveis" contra o filme "Como se tornar o pior aluno da escola" (2017) ao que ele considerou como "detalhes asquerosos" na produção.

 Apesar da obra, baseada num livro homônimo de Danilo Gentili, tenha sido lançada há cinco anos, uma cena com Fábio Porchat repercutiu nas redes sociais neste domingo (13). “Assim que tomei conhecimento de detalhes asquerosos do filme “Como se tornar o pior aluno da escola”, atualmente em exibição na Netflix Brasil, determinei imediatamente que os vários setores do @JusticaGovBR adotem as providências cabíveis para o caso!!”, disse em Anderson Torres em sua página.

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O momento destacado nas postagens, crítica a cena que mostra o personagem dele assediando sexualmente dois garotos. Diante disso, algumas personalidades já se manifestaram, acusando o filme de pedofilia. Entre elas, estão o deputado estadual André Fernandes (Republicanos-CE), a deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP) e o vereador de Niterói Douglas Gomes (PTC-RJ), que compartilhou o vídeo da cena polêmica.

"O repugnante filme 'Como se Tornar o Pior Aluno da Escola' naturaliza a pedofilia a fim de normalizá-la. Já informei ao Ministério da Família ao qual oficiarei, assim como denunciarei ao MP e solicitarei informações ao CNMP acerca dos procedimentos em curso", disse Zambelli em post no Twitter.

A ministra Damares Alves, da pasta da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, reforçou o pedido de investigação contra o filme

Danilo Gentili também se manifestou sobre o caso pelo microblog, dizendo que "o maior orgulho" que ele tem em sua carreira é ter conseguido "desagradar com a mesma intensidade tanto petista quanto bolsonarista". Nas eleições de 2018, Gentili apoiou o então candidato do PSL, Jair Bolsonaro. Posteriormente, porém, se arrependeu.

"Os chiliques, o falso moralismo e o patrulhamento, veio forte contra mim dos dois lados. Nenhum comediante desagradou tanto quanto eu. Sigo rindo :)", acrescentou

Além dele, o deputado federal e pastor Marco Feliciano também foi alvo de críticas devido aos elogios que fez ao longa, em 2017. Na ocasião, o pastor publicou uma foto com a legenda "há tempos não ria tanto". No entanto, nesta segunda, o deputado afirmou que não se recordava da cena, pois supostamente havia saído da sala para atender o telefone no momento. Assim como os demais políticos, ele também garantiu que iria tomar providências sobre o filme. 

(Luciana Carvalho, estagiária, sob supervisão de Keila Ferreira, Coordenadora do Núcleo de Política.)

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