Milei anuncia cortes em benefícios sociais para quem bloquear ruas em protestos

As medidas foram anunciadas pela ministra de Capital Humano, Sandra Pettovello, em um vídeo divulgado nas redes oficiais.

O Liberal
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O governo do presidente argentino Javier Milei anunciou, nesta segunda-feira (18), que irá endurecer as medidas para manifestações, incluindo a retirada de benefícios sociais para aqueles que bloquearem ruas durante protestos. O anúncio foi feito dois dias antes de uma convocação nacional para protestos no dia 20 de dezembro, data que relembra o massacre da Plaza de Mayo e que este ano protestaria contra as medidas econômicas do novo governo.

As medidas foram anunciadas pela ministra de Capital Humano, Sandra Pettovello, em um vídeo divulgado nas redes oficiais no qual a ministra enfatiza que os beneficiários dos planos sociais não devem ser "coagidos" por organizações políticas a participarem das manifestações. Ela acrescenta afirmando que "aqueles que participarem do bloqueio das ruas serão os únicos a terem os benefícios cortados".

Veja o comunicado:

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Os planos sociais representam programas de assistência e transferência de renda na Argentina, incluindo iniciativas como o Tarjeta Alimentar, destinado a fornecer recursos para a compra de alimentos às famílias com crianças de até 14 anos; o Becas Progresar, que oferece uma bolsa mensal para estudantes visando estimular a conclusão do ensino médio ou superior; e o Potenciar Trabajo, um programa que subsidia trabalhadores informais.

A gestão desses recursos muitas vezes envolve organizações sociais e não governamentais. A ministra anunciou planos de auditoria e a perda de poder das organizações para intermediar entre o governo e os beneficiários caso se envolvam nas mobilizações contrárias ao governo de Milei.

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Pettovello afirmou que "manifestar-se é um direito, porém, circular livremente pelo território argentino em direção ao local de trabalho também o é", disse, acrescentando que "aqueles que promoverem, instigarem, organizarem ou participarem dos bloqueios perderão todo tipo de diálogo com o Ministério de Capital Humano. Realizaremos auditorias em todas as organizações que distribuem planos sociais, eliminando a sua capacidade de intermediação".

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