Lula sobre indicação de mulher para o STF: ‘O critério não será mais esse’
Em entrevista a jornalistas, presidente descartou raça ou gênero como critérios para escolha do nome que ficará no lugar de Rosa Weber
Em entrevista a jornalistas no Palácio do Itamaraty nesta segunda-feira (25), o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), afirmou que raça ou gênero não serão usados como critério para escolha do novo ministro Supremo Tribunal Federal (STF). O petista irá indicar o próximo membro da Corte para o lugar de Rosa Weber, que precisa se aposentar até 2 de outubro, quando completará 75 anos.
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“O critério não será mais esse. Eu estou muito tranquilo, eu vou escolher uma pessoa que possa atender os interesses e as expectativas do Brasil”, declarou o presidente, ao ser questionado se poderia escolher uma mulher para o lugar de Rosa Weber. “Uma pessoa que possa servir o Brasil, uma pessoa que tenha respeito com a sociedade brasileira, uma pessoa que tenha respeito, mas, não medo da imprensa, uma pessoa que vota adequadamente sem precisar ficar votando pela imprensa”, acrescentou.
Atualmente, há apenas duas mulheres entre os 11 ministros do Supremo. Se um homem for escolhido após a aposentadoria de Weber, Cármen Lúcia será a única representante feminina na mais alta Corte judiciária do país.
Sem citar nomes, Lula afirmou que tem “várias pessoas na mira” para indicar.
“Não precisa perguntar essa questão de gênero ou de cor. Eu já passei por tudo isso, no momento certo vocês vão saber quem que eu vou indicar. E eu pretendo indicar a pessoa mais correta que eu conhecer e a pessoa que eu tenha mais fé que vai ser, sabe, uma grande pessoa na Suprema Corte, que é isso que o país está precisando”.
Nos bastidores, o nome mais forte é o do atual ministro da Justiça, Flávio Dino, mas o advogado-geral da União, Jorge Messias, também é bastante citado.
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