Lula diz que saúde e educação não são 'gastos' e volta a criticar taxa de juros do Banco Central
"Um baita de um investimento", comentou o presidente sobre os dois setores e defendendo o começo de um ciclo de redução de juros
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse, nesta sexta-feira (2), que saúde e educação não serão mais vistos como "gastos" e sim como "investimentos". A declaração foi feita durante um evento na Universidade Federal do ABC, em São Paulo. Em seguida, criticou a taxa básica de juros, a Selic, fixada pelo Banco Central neste ano, de 13,75%. Desde o anúncio do BC, Lula e o presidente vêm protagonizando atritos.
“Se a educação é a base de tudo, tomei a decisão de que, no nosso governo, quando se fala em fazer universidade, creche, escola, a gente não pode mais utilizar a palavra gasto. A palavra tem que ser investimento. É uma inversão que a gente precisa fazer", disse Lula.
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"Para a elite dominante desse país, tudo que é benefício é gasto. Saúde é gasto. Ora, a saúde é um baita de um investimento. Todo mundo sabe o quanto custa uma pessoa doente aos cofres do Estado. E o quanto pode produzir, trabalhar e aprender uma pessoa que está com plena saúde”, completou o presidente.
No último dia 19, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, também defendeu a diminuição da Selic. Ele avaliou que o país está pronto para iniciar um ciclo de queda nos juros e criticou a decisão do BC em manter a Selic em patamar elevado. Lula relembrou o fato e disse que isso, sim, poderia ser configurado como gasto. As informações são da Agência Brasil.
“Gasto é a gente pagar 13,75 [% ao ano] por juro para o sistema financeiro desse país. Isso é gasto. O restante é investimento. Nós achamos que há espaço para começar um ciclo [de queda nos juros] mas, enfim, tem uma equipe técnica ali [no Comitê de Política Monetária do Banco Central] que está formada, e que nós procuramos respeitar", concluiu Lula.
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