Copom do Banco Central mantém Selic em 13,75% ao ano, maior patamar desde 2016
Essa foi a sexta reunião consecutiva em que o Copom não alterou a taxa de juros
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) decidiu manter os juros básicos da economia brasileira - a taxa Selic - em 13,75% ao ano, o maior nível desde novembro de 2016, quanto também estava nesse percentual. O anúncio já era esperado pelo mercado e foi feito no início da noite desta quarta-feira (3), após a primeira reunião do Comitê desde a apresentação do projeto do novo arcabouço fiscal pelo governo federal.
A reunião de ontem foi a sexta consecutiva em que o Copom não altera a Selic, que segue no mesmo nível desde agosto do ano passado. Antes desse período, o Comitê chegou a elevar a Selic 12 vezes seguidas, a partir de março de 2021, em meio à alta nos preços de alimentos, energia e combustíveis.
Pressão do governo
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e outros integrantes do governo federal têm elevado o tom contra o BC e cobram a queda dos juros no país. “A gente não pode viver mais em um país em que a taxa de juros não controla a inflação. Ela controla, na verdade, o desemprego neste país, porque ela é a responsável por uma parte da situação em que vivemos hoje”, declarou Lula na última segunda-feira (1º), durante um ato das centrais sindicais no Dia do Trabalho, no centro de São Paulo.
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A Selic é o principal instrumento do Banco Central para controlar a inflação. Ela é utilizada nas negociações de títulos públicos emitidos pelo Tesouro Nacional no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve de referência para as demais taxas da economia. Os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Com isso, também podem conter a atividade econômica.
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