Lewandowski diz que foi surpreendido com relatórios de falhas em presídio federal
Ministro descobriu através da imprensa sobre falhas no presídio Mossoró (RN) e prometeu investigação e reforço na segurança.
Ricardo Lewandowski, ministro da Justiça e Segurança Pública, revelou neste domingo (18) que ficou ciente dos relatórios que apontavam falhas na segurança do presídio federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, apenas através de notícias veiculadas pela imprensa. Dois presos fugiram da penitenciária e ainda não foram localizados.
Durante uma coletiva, Lewandowski assegurou que a qualidade dos relatórios será avaliada, assim como as medidas tomadas para resolver os problemas identificados. Ele delegou a André Garcia, secretário de Políticas Penais, a responsabilidade de conduzir a sindicância instaurada.
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O ministro ainda confirmou que os dois fugitivos da penitenciária federal de Mossoró utilizaram uma barra de ferro da própria cela para criar uma abertura na luminária e escapar. Ele atribuiu a falha estrutural à antiguidade dos presídios, que foram construídos em 2006.
Fuga inédita
Esta é a primeira vez que uma fuga ocorre em presídios federais desde a implementação do sistema em 2006, colocando em alerta a gestão de Lewandowski, que assumiu o cargo há apenas 13 dias. A fuga causou tumulto no governo e medo na população local.
Os fugitivos foram identificados como Rogério da Silva Mendonça, de 36 anos, também conhecido como Tatu, e Deibson Cabral Nascimento, 34 anos, referido como Deisinho. Ambos são ligados ao Comando Vermelho e estavam cumprindo penas de 74 e 81 anos, respectivamente.
Investigação em andamento
A fuga dos detentos, que ocorreu na noite de terça (13) para quarta-feira (14), foi detectada apenas na manhã de quarta-feira, quando as buscas foram iniciadas. Os criminosos chegaram a invadir uma casa, fazer um casal de reféns e passaram cerca de quatro horas no local antes de partirem.
Lewandowski chegou a Mossoró neste domingo para acompanhar as buscas pelos fugitivos e reafirmou que o governo federal está presente e atuante. Ele também enfatizou que a fuga é uma "dificuldade momentânea" que será superada em breve e que a segurança das cinco penitenciárias federais do país não está comprometida.
A investigação continua em andamento, enquanto a busca pelos fugitivos prossegue.
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