Laudo da PF descarta adulteração em vídeo de suposta orgia de João Doria

Na gravação, que viralizou em 2018, o político aparece deitado em uma cama com várias mulheres

Emilly Melo

Um laudo da Polícia Federal mostra que não houve “sinais de adulteração” no suposto vídeo em que aparece o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), protagonizando uma orgia sexual com várias mulheres. Nesta terça-feira (8), uma das mulheres que teria participado da suposta orgia seria ouvida pelos investigadores. 

Segundo a revista Crusoé, a PF dedica atenção especial às investigações do caso. Em janeiro deste ano, o laudo pericial descartou a possibilidade de que a gravação foi adulterada. As imagens foram divulgadas em outubro de 2018, pouco antes das eleições. 

Para o governador, o acontecimento foi o “maior crime eleitoral já realizado contra um candidato na história do Brasil”.

A mulher a prestar depoimento tem 41 anos e é funcionária do gabinete de um parlamentar aliado do governador.  “O curioso é que o inquérito, aberto ainda em 2018 a pedido dos advogados do próprio Doria para apurar o crime de ‘difamação eleitoral’, pode se virar contra o governador no ano em que ele pretende disputar a Presidência da República”, diz a revista Crusoé.

O governador paulista enviou uma nota à revista dizendo que a Polícia Federal está tentando “reeditar” o que chamou de “maior crime eleitoral já realizado”. “Justamente quando se aproximam as próximas eleições presidenciais”, afirma. Ele acusa a PF de querer prejudicá-lo na corrida ao Planalto.

(*Emilly Melo, estagiária, sob supervisão de Hamilton Braga, coordenador do Núcleo de Política)

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