Justiça torna inelegível pré-candidata à prefeitura de Viseu
Decisão também condenou a ex-prefeita Astrid Maria da Cunha e Silva
A juíza da 14ª zona eleitoral, Luana Assunção Pinheiro, tornou inelegível, pelo período de oito anos, contados a partir de 2016, a pré-candidata do Partido Social Democrático (PSD) à prefeitura de Viseu, Carla Dulcirene Parente Novaes, e a ex-prefeita Astrid Maria da Cunha e Silva (sem partido). A decisão foi lavrada nesta sexta-feira (4), e determina ainda a remessa dos autos ao Ministério Público Eleitoral.
A sentença é referente às eleições de 2016. Segundo a acusação, Carla Parente, que é sócia do Hospital e Maternidade São Miguel, em Viseu, teria contratado os serviços da médica Astrid Cunha. A denúncia é de quem ambas teriam realizado mutirões de atendimento médico pelo interior do município em troca de votos.
A sentença determina a inelegibilidade por prática de crime eleitoral. De acordo com a decisão, responderão ainda as condenadas “pela prática de abuso de poder econômico e captação ilícita de sufrágio”, às quais serão aplicadas as sanções legais correspondentes.
Procurada, Carla Parente enviou um vídeo à reportagem em que nega que esteja com o mandato cassado. Ela disse ainda que não foi notificada sobre uma possível condenação. “Essa decisão não cassa a minha candidatura. Nossos advogados irão recorrer diante do Tribunal Regional Eleitoral. Estou ativa como pré-candidata a prefeita do nosso município”, garantiu no vídeo.
Também procurada, a ex-prefeita Astrid Maria da Cunha e Silva ainda não respondeu aos questionamentos da reportagem.
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