Haddad: Lula teria vantagem maior se a eleição fosse hoje
Ministro afirma que antes das eleições de 2022, alertou o presidente de que ele poderia perder
Em entrevista ao podcast O Assunto, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, revelou ter alertado o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre a possibilidade de derrota nas eleições do ano passado. No entanto, Haddad afirmou que, se as eleições fossem realizadas atualmente, o resultado não seria tão apertado. Ele destacou que uma pesquisa atual mostraria que Lula venceria com uma margem maior, embora não extraordinária.
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Durante a entrevista, Haddad elogiou a postura do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), desde a campanha até as negociações para a reforma tributária. O ministro ressaltou que a oposição de Tarcísio à centralização da arrecadação foi fundamental para a discussão do tema e busca por uma solução que atendesse às demandas.
Haddad enfatizou a importância de uma política propositiva, destacando que o Brasil precisa de políticos com "P" maiúsculo, referindo-se à campanha propositiva e sem ataques realizada por Tarcísio. Segundo o ministro, a controvérsia em torno da aparição de Tarcísio ao seu lado para comunicar o consenso em relação à reforma tributária não faz sentido, uma vez que ambos estavam abordando um tema relevante para o país.
Busca por solução técnica e engenhosa
O ministro da Fazenda explicou que, diante da situação delicada de Tarcísio em relação à arrecadação centralizada, eles buscaram uma solução técnica e engenhosa. Haddad afirmou que o critério de governança para o Conselho Federativo, que combina votação por maioria absoluta e maioria da população, é um critério que respeita o pacto federativo. Ao apresentar essa solução a Tarcísio, Haddad observou uma mudança de postura por parte do governador.
Quanto à foto dos dois, que causou insatisfação em Jair Bolsonaro, o ministro não considera isso um problema que deva ser levado em consideração. "Como eu vou pensar no bem estar de Bolsonaro se ele não pensou no bem estar de ninguém por quatro anos", disse.
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