Freixo desabafa após prisão de delegado: 'Foi para Rivaldo que liguei quando soube de Marielle'
Rivaldo é uma figura proeminente na polícia do Rio, tendo liderado, inclusive, a Delegacia de Homicídios, e era conhecido de Marielle
O presidente da Embratur, Marcelo Freixo (PT), manifestou surpresa diante do alegado envolvimento do ex-chefe da Polícia Civil do Rio, Rivaldo Barbosa, no assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. Freixo revelou que foi Rivaldo quem primeiro contatou após tomar conhecimento do crime, pedindo-lhe ajuda para esclarecer o caso. "Mataram Marielle", disse ele ao delegado.
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Ao saber que Rivaldo estava entre os presos na Operação Murder Inc., realizada neste domingo (24/3), Freixo desabafou: "Foi para Rivaldo Barbosa que liguei quando soube do assassinato de Marielle e Anderson, enquanto me dirigia ao local do crime. Ele, então chefe da Polícia Civil, acompanhou-me no dia seguinte ao encontro das famílias. Agora, Rivaldo está detido por supostamente ter protegido os mandantes do crime, obstruindo o avanço das investigações. Isso diz muito sobre o Rio de Janeiro", afirmou Freixo em sua rede social X, o antigo Twitter.
Amigo de Marielle Franco, Freixo era deputado do PSol, o mesmo partido da então vereadora à época do assassinato, em março de 2018, no Rio de Janeiro.
Rivaldo é uma figura proeminente na polícia do Rio, tendo liderado, inclusive, a Delegacia de Homicídios, e era conhecido de Marielle. Sua prisão ocorreu sob suspeita de ser um dos mandantes do crime, juntamente com o deputado federal Chiquinho Brazão (União-RJ) e seu irmão Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Rio.
Marielle foi assassinada em 14 de março de 2018, no Rio de Janeiro. Os suspeitos pela sua morte e a de Anderson foram presos 10 dias após o sexto aniversário do crime.
Marielle estava retornando para casa com o motorista e a assessora depois de um compromisso público, quando foi atingida na cabeça por uma bala. O ataque ocorreu na Rua Joaquim Palhares, no centro do Rio, e a suspeita de execução foi imediatamente investigada.
Prisões
Na madrugada deste domingo (24/3), a Polícia Federal prendeu os três suspeitos de ordenar o assassinato de Marielle Franco. A Operação Murder Inc. investiga os homicídios da vereadora e de Anderson Gomes, bem como a tentativa de homicídio da assessora Fernanda Chaves.
Além disso, foram realizados 12 mandados de busca e apreensão, todos na cidade do Rio de Janeiro, conforme estipulado no artigo 797 do Código Penal, que permite a execução de mandados criminais em qualquer horário, inclusive aos domingos e feriados.
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