Ex-assessor afirma que vereador Gabriel Monteiro fazia sexo na frente da equipe
Declaração foi dada durante depoimento aos membros do Conselho de Ética da Câmara de Vereadores do Rio
Respondendo a processo ético-disciplinar no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara Municipal do Rio de Janeiro por várias denúncias, entre elas estupro e prática de assédio moral e sexual contra assessores do mandato, o vereador Gabriel Monteiro (PL) foi acusado de fazer sexo na frente de sua equipe, durante o horário de expediente. "Já teve ocasiões que a gente estava editando vídeo durante o expediente, e o Gabriel chega lá com uma garota e começa a transar com a garota na nossa frente, mandava ela alisar ele e coisas do tipo”, revelou um ex-assessor, Heitor Nazaré. As informações são do G1 do Rio de Janeiro.
A declaração foi dada durante depoimento aos membros do Conselho de Ética. Os trechos de depoimentos de testemunhas de acusação no processo ético-disciplinar por quebra de decoro foram revelados pela primeira vez. Heitor afirma que Monteiro levava mulheres para sua casa, onde seus funcionários trabalhavam. Segundo o ex-assessor, alguns membros da equipe ficavam constrangidos com a situação. "Algumas aceitavam tranquilamente, entravam no clima, e outras já ficavam constrangidas e pediam para ele parar, mas ainda assim ele continuava. Ele pedia para ela mostrar o peito pra gente”
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Outro ex-assessor, Vinícius Hayden Witeze, já havia declarado aos membros do Conselho de Ética da Câmara que Gabriel Monteiro sabia que a jovem que ele filmou durante uma relação sexual era menor de idade, o que é crime. Witeze morreu em um acidente de carro, em maio desse ano.
No mesmo mês, o vereador passou à condição de réu depois que a Justiça aceitou a denúncia feita em abril pelo Ministério Público (MPRJ) por filmagem feita por ele de relações sexuais com uma adolescente. Na denúncia, a Promotoria de Justiça descreve que o vereador, "de forma livre e consciente, filmou através de telefone celular cena de sexo explícito" com uma adolescente que, na época, tinha 15 anos.
Na última terça, o relator do processo contra Gabriel Monteiro no Conselho de Ética da Câmara, Chico Alencar (Psol), apresentou o relatório que pede a cassação do vereador por quebra de decoro parlamentar, por considerar que os atos praticados por Monteiro "são inquestionavelmente graves" e que o "exercício de mandato público é respeito à dignidade, sobretudo dos mais vulneráveis, e não postura de manipulação, arrogância e mandonismo".
A defesa de Gabriel Monteiro disse que só vai se manifestar após a análise do relatório.
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