'Eu tenho a bala de prata, mas não vou revelar', diz Jair Bolsonaro sobre eleições 2026
Em entrevista à Folha de São Paulo, ex-presidente comentou sobre a possibilidade de ficar inelegível e quem seriam os possíveis candidatos da direita
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) falou, em entrevista à jornalista Mônica Bergamo, do jornal Folha de São Paulo, sobre o risco de ficar inelegível para as eleições 2026 e os possíveis candidatos da direita que apoiaria. "Eu tenho a bala de prata, mas não vou te dizer, para você não ficar perturbando, no bom sentido. Eu tenho a bala de prata, mas não vou revelar", declarou.
Nesa terça-feira (27), o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) retoma o julgamento da ação que pede a inelegibilidade pelo período de 8 anos de Bolsonaro e do candidato a vice-presidente nas eleições 2022, Walter Braga Netto, por abuso político e uso indevido dos meios de comunicação, em razão de declarações sobre a segurança das urnas e do processo eleitoral, durante uma reunião com embaixadores no Palácio da Alvorada, em julho de 2022.
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"A tendência, o que todo o mundo diz, é que eu vou me tornar inelegível", disse, sobre o processo. "Eu não vou me desesperar. O que que eu posso fazer?", completou.
Possíveis candidatos
Bolsonaro foi questionado sobre a possível candidatura da ex-primeira-dama Michelle à Presidência. "Se ela quiser, ela pode sair candidata. Mas o que eu converso com a Michelle é que ela não tem experiência. Para ser prefeito de cidade pequena já não é fácil. Lidar com 594 parlamentares (entre deputados e senadores) não é fácil também. Eu acredito que ela não tem experiência para isso. Mas é excelente cabo eleitoral", declarou.
Já o atual governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, Bolsonaro classificou como "um excelente gestor" e não descarta apoio caso ele seja o candidato. "Teria que conversar com ele", disse.
O ex-presidente não quis apontar outros nomes para concorrer ao cargo mais alto do Executivo, caso se torne inelegível. "Não, isso, não. Por enquanto… Eu tenho a bala de prata, mas não vou te dizer, para você não ficar perturbando, no bom sentido. Eu tenho a bala de prata, mas não vou revelar", disse. "O que nós plantamos ao longo de quatro anos não foi blábláblá. Eu fui para o meio da massa, bafo na cara, arriscando levar um tiro, uma facada. A gente trouxe o pessoal para acreditar no seu país", continuou.
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