Entenda a megaoperação que apura desvio bilionário de dinheiro público no Pará

Empreiteira é apontada como alvo da investigação, segundo apuração do site Uol

O Liberal
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Desde a manhã desta terça-feira (30/04), uma megaoperação está sendo realizada pela Polícia Federal, Receita Federal e Controladoria Geral da União (CGU) em seis municípios paraenses e em Barueri (SP) para combater uma suposta organização criminosa, integrada por pessoas físicas e jurídicas, que teriam desviado R$ 1,7 bilhão em recursos públicos – incluindo do Sistema Único de Saúde (SUS) – por meio de lavagem de capitais, sonegação fiscal e falsidade ideológica. 

Grupo Liberal entrou em contato com representantes da empresa Terraplena, e aguarda o retorno. A empresa é apontada pelo Uol como uma das firmas envolvidas na fraude bilionária. 

Mais de 150 policiais federais participam do cumprimento de 33 mandados em Belém, cinco em Benevides, três em Parauapebas, um em Ananindeua, cinco em Santa Maria do Pará e um em São Miguel do Guamá, além de um em Barueri, no estado de São Paulo. Até o momento, a ‘Operação Plenitude’ já encontrou dinheiro em cédulas, armamentos e veículos dos suspeitos.

Para garantir o ressarcimento, a Justiça já determinou o bloqueio do valor correspondente em patrimônio da principal empresa investigada, cuja identificação ainda não foi confirmada. De acordo com a Receita Federal, há indícios de que uma grande empresa estabelecida no Pará, com atuação nas áreas de engenharia sanitária e rodoviária, realizou movimentações financeiras ‘atípicas’ entre os anos de 2017 e 2022. 

O recebimento e o repasse de verbas públicas teria sido feito, inclusive, para servidores públicos de prefeituras do estado. As operações comerciais eram realizadas por empresas de fachada, com atividades formais na área da construção civil, de locação de veículos e de comércio atacadista de laticínios, que emitiam notas de serviços de altos valores, mesmo sem possuir estrutura como instalações físicas, equipamentos e empregados.

A emissão de tais notas, esclarece a Receita, pode ter sido feita para camuflar a lavagem de capitais e sonegação de impostos. Ao longo das investigações, também foram identificados indícios de ocultação de patrimônio e simulação de operações.

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