Delegados e Policiais Federais exigem de Lula reajuste salarial: 'clima é de extrema apreensão'
Servidores federais receberam aumento de 9% em maio, mas associações da Polícia Federal dizem que índice é insuficiente
Em uma demonstração de insatisfação com seus salários, delegados e policiais federais estão intensificando a pressão sobre o governo liderado por Lula, buscando uma recomposição de seus vencimentos. Uma carta aberta, recentemente entregue por entidades de classe ao diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Passos Rodrigues, destaca a urgência de uma resposta em relação a essa demanda. "O clima é de extrema apreensão de todas as categorias, sendo imperativo que tenhamos alguma sinalização concreta sobre a recomposição salarial", diz o documento.
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Embora os servidores federais tenham recebido um aumento de 9% em maio, as associações que representam os profissionais da Polícia Federal argumentam que esse incremento não foi suficiente para corrigir a defasagem salarial acumulada ao longo da carreira. No mesmo sentido, a carta reforça que, sem propostas tangíveis ou alocação de recursos orçamentários, as promessas de valorização da Polícia Federal e a anunciada reestruturação, defendidas pela atual Direção-Geral e também pelo ministro da Justiça, correm o risco de se dissipar.
A pressão exercida pela categoria não é um fenômeno novo e remonta ao governo anterior, liderado por Jair Bolsonaro. Os policiais já haviam adotado medidas como manifestações e operações de fiscalização mais lentas, que impactaram a verificação de passageiros e cargas.
A carta aberta traz a assinatura dos presidentes de entidades representativas de peso, incluindo a Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF), a Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais (APCF), a Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef), a Federação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (Fenadepol) e o Sindicato Nacional dos Servidores do Plano Especial de Cargos da Polícia Federal (Sinpecpf).
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