Defesa de Wladimir Costa tem esperança na liberdade de ex-parlamentar: "Tem bons antecedentes"
Até o final da noite de ontem, a juíza à frente do caso não emitiu nenhuma resposta ao pedido de revogação da prisão e o ex-parlamentar segue preso em Americano.
A defesa de Wladimir Costa passou o dia de ontem tentando conseguir a revogação da prisão do ex-deputado federal, preso preventivamente na última quinta-feira (18), suspeito de cometer uma série de crimes de violência política de gênero contra a deputada federal Renilce Nicodemos (MDB). No entanto, até o final da noite de ontem, a juíza à frente do caso, Andrea Ferreira Bispo, do Tribunal de Justiça do Estado do Pará, não emitiu resposta e ele segue preso no Complexo Penitenciário de Americano, em Santa Izabel.
A informação foi repassada ao Grupo Liberal por Humberto Boulhosa, advogado de defesa de Wladimir Costa. O ex-parlamentar passou por audiência de custódia na manhã de ontem, ocasião em que a defesa solicitou oralmente a revogação da prisão de Wladimir, sugerindo que a detenção fosse revertida por medidas substitutivas.
“Ficou de ser apreciado pela juíza e não temos controle sobre isso. Até agora [20h30 de sexta] não houve resposta. Pode ser amanhã, domingo, segunda, a defesa fica presa nisso. Quem decide é a juíza. Ela ficou de apreciar o pedido, mas não sei a que horas, pode ser a qualquer momento, até porque trata-se de um processo eletrônico, tudo digital”, informou o advogado.
Preso no Aeroporto Internacional de Belém
Wladimir Costa foi preso na última quinta-feira (18) pela Polícia Federal (PF), que atendeu pedido do Tribunal Eleitoral Regional do Pará (TRE-PA), enquanto desembarcava de um voo no Aeroporto Internacional de Belém. Wlad, como ficou popularmente conhecido no estado, chegou a iniciar uma live em seu perfil nas redes sociais, mas teve o vídeo encerrado por um dos agentes da PF.
Segundo a PF, o ex-deputado cometeu crime de violência política de gênero ao expor a vida privada da deputada paraense. Wladimir realizou uma série de publicações em que caluniava a parlamentar. Todas as postagens, assim como as redes sociais de Wladimir, foram excluídas a pedida do TRE-PA.
A parlamentar afirmou em nota pública que o ex-deputado praticou “uma série de crimes”, incluindo violência política de gênero, extorsão, injúria, difamação, perseguição e violência psicológica contra a mulher. O caso tramita em segredo de justiça na 1° Zona Eleitoral de Belém.
Reincidente
Essa não é a primeira vez que Wladimir Costa, desafeto declarado do governador do Estado, Helder Barbalho, é acusado de crimes que envolvem ofensas, calúnias e difamação na internet, onde é conhecido por fazer transmissões onde realiza acusações sem prova contra opositores.
Ele está inelegível até 2025, após ser condenado, em janeiro de 2023, por ofensas publicadas em suas redes sociais contra artistas como Glória Pires, Wagner Moura e Gaby Amarantos. A decisão permitiu que ele cumprisse a pena de nove meses em regime aberto. Para a defesa, o ex-deputado merece a revogação da prisão por ter “bons antecedentes”.
“A defesa solicitou a liberdade em razão de todo o contexto, ele é ex-deputado, réu primário, tem bons antecedentes, todos os requisitos para responder em liberdade”, disse o advogado Humberto Boulhosa.
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