CPI das ONGs chamará PGR que não recebeu denúncias contra Instituto subordinado à Marina Silva
Elizeta Ramos se articula nos bastidores para substituir Augusto Aras
Nesta quarta-feira (25), a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI das ONGs) aprovou um requerimento para chamar a procuradora-geral da República interina, Elizeta Ramos, para uma sessão da CPI.
Um grupo de sete senadores da Comissão aprovou o convite, depois de Elizeta Ramos se recusar a receber a CPI para entrega de uma representação contra o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), subordinado à ministra do meio ambiente Marina Silva.
O presidente da CPI, Plínio Valério (PSDB/AM), disse que a ida da PGR à Casa Legislativa será uma visita rápida, civilizada e cordial. Segundo ele, a finalidade é a de Elizeta receber a representação pessoalmente. Ela está interina no comando da PGR, desde a saída do titular Augusto Aras.
CPI das ONGs foca em Instituto ligado à Marina Silva
O documento da CPI surgiu depois de uma diligência de membros do colegiado à Epitaciolândia no estado do Acre, na reserva Chico Mendes. No local os membros da CPI disseram ter testemunhado uma condição de vida precária, miséria e trabalho análogo à escravidão.
O relator da CPI, Márcio Bittar (União Brasil/ AC), afirmou que os moradores da reserva vivem de mãos amarradas em virtude das ONGs que atuam na região e atrapalham o desenvolvimento local .
Conforme Bittar, precisa-se pedir permissão para tudo para o ICMBio, até mesmo para cortar uma árvore ou ter acesso à luz elétrica. “As pessoas se sentem enganadas, perseguidas, escravas, tuteladas e sem esperança”, afirmou o relator da CPI das ONGs sobre o Instituto subordinado à ministra Marina Silva. Ele mencionou que um dos senadores chorou ao ouvir depoimentos de nativos. “O que encontramos lá foi pobreza e miséria. Precisam do estado para tudo”.
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