Corregedor do TSE quer explicações da PF e Cade sobre investigações contra institutos de pesquisa
Ação ocorre após ministro Alexandre de Moraes suspender investigações
O corregedor-geral da Justiça Eleitoral, ministro Benedito Gonçalves, determinou que o ministro da Justiça, Anderson Torres, e o presidente do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), Alexandre Cordeiro, expliquem, em três dias, os pedidos de investigações de institutos de pesquisas.
Segundo o corregedor, o objetivo é que eles se manifestem sobre os indícios de uso dos órgãos para fins eleitorais.
Nesta quinta-feira (13), Cordeiro enviou um ofício à Superintendência-Geral do órgão determinando a abertura de uma investigação de institutos de pesquisa. Ele afirma que os institutos podem ter atuado como um cartel para "manipular" as eleições.
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministro Alexandre de Moraes, decidiu barrar a instauração de inquéritos pela Polícia Federal relacionados à atuação de institutos de pesquisas.
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Moraes determinou ainda que a Corregedoria-Geral Eleitoral e a Procuradoria-Geral Eleitoral investiguem eventual prática de abuso de poder político e desvio de finalidade no uso de órgãos administrativos com intenção de favorecer determinada candidatura, além do crime de abuso de autoridade.
Para o corregedor do TSE, há indícios de que o documento assinado por Cordeiro não tem ligação com a proteção à concorrência, função do Conselho, "mas, sim, como apontado pelo presidente do TSE, à possível instrumentalização da autarquia federal para fins eleitorais".
Já no caso do Ministério da Justiça, Gonçalves cita que Torres usou as redes sociais para anunciar a abertura de inquérito pela Polícia Federal contra institutos de pesquisa. O corregedor diz ser necessário saber as circunstâncias que levaram a esse inquérito.
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