Comitê da ONU conclui que Lava Jato foi parcial e advogados de Lula pedem reparação
Para Comitê de Direitos Humanos da ONU, a anulação das sentenças pelo STF não é suficiente para reparar os dados
A condenação e prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, durante a Operação Lava Jato, em 2017, foi considerada injusta pelo Comitê de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU). Em live transmitida no Instagram de Lula, os advogados do petista, Cristiano Zanin e Valeska Teixeira Martins, pedem a reparação pelos dados causados.
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“E decisão obrigatória, que deve ser cumprida e esperamos que seja cumprita, até porque esperamos que o Brasil seja colocado no patamar de cumprimento dos direitos humanos”, declarou Cristiano Zanin.
Os advogados lembram também que, em 2018, Lula liderava as pesquisas de intenção de votos, mas foi impedido de disputar as eleições por causa da condenação.
Para o Comitê da ONU, o julgamento do então juiz federal Sergio Moro foi parcial e a anulação das condenações de Lula pelo Supremo Tribunal Federal no passado não foram suficientes para reparar os danos causados ao ex-presidente.
O comitê da ONU instou o Brasil a "assegurar que quaisquer outros procedimentos criminais contra Lula cumpram com as garantias do devido processo legal, e a prevenir violações semelhantes no futuro".
O judiciário brasileiro não é obrigado a cumprir a decisão do Comitê, mas ela serve como instrumento de pressão internacional e um aval para a defesa do petista, que já vinha alegando que ele teve os direitos políticos violados e que a condenação foi injusta.
Relembre a entrevista exclusiva de Lula ao Grupo Liberal:
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