Caso Marielle: suspeito por desmanchar carro utilizado no crime é preso no Rio
Edilson Barbosa dos Santos, conhecido como “Orelha”, foi capturado por volta das 19h desta quarta-feira (28) em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense
Foi preso no início da noite desta quarta-feira (28) o dono de ferro-velho Edilson Barbosa dos Santos, conhecido como “Orelha”, acusado de ter ajudado os assassinos da vereadora Marielle Franco e de seu motorista, Anderson Gomes, a descartarem o veículo usado no crime, ocorrido em 2018.
A prisão preventiva foi realizada pela Polícia Federal (PF) e pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), próximo à residência do acusado, no bairro de Santa Cruz da Serra, em Duque de Caxias, capital fluminense. A denúncia havia sido oferecida pela força-tarefa do Gaeco em agosto do ano passado.
Orelha era conhecido de Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz, presos como executores do assassinato. Em delação premiada, Élcio acusou Orelha de ter sido acionado pelo ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, o “Suel” (que também já foi preso), para dar fim ao carro GM Cobalt, utilizado no atentado que vitimou Marielle e Anderson.
Ainda de acordo com Élcio, Orelha era proprietário de uma agência de automóveis e de um ferro-velho. Na delação, Élcio declarou que dois dias depois do crime, ele próprio e Ronnie conduziram Orelha até o local onde estava o veículo, em uma praça na Avenida dos Italianos, no bairro de Rocha Miranda, cidade do Rio.
A denúncia contra Orelha argumenta que ele impediu e atrapalhou as investigações de infrações penais envolvendo organização criminosa, causando sérios prejuízos à administração da Justiça e à busca da verdade real.
O acusado foi levado para a Superintendência Regional da PF na Praça Mauá, Zona Portuária do Rio, e deve ser encaminhado ao sistema prisional, onde ficará à disposição da Justiça.
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