Bolsonaro reúne embaixadores para questionar processo eleitoral; TSE rebate
Planalto diz que encontro do presidente com embaixadores foi intercâmbio de ideias
O presidente Jair Bolsonaro se reuniu com embaixadores estrangeiros, na tarde desta segunda-feira (18), no Palácio da Alvorada, quando voltou a dizer que o sistema eleitoral brasileiro é passível de fraudes. Ele citou vídeos descontextualizados e informações já desmentidas pela Justiça Eleitoral. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) rebateu as falas do presidente e reafirmou a confiabilidade das urnas eletrônicas. O Planalto definiu o encontro como “troca de ideias”. As informações são da Agência Estado e do Valor.
Após o presidente Jair Bolsonaro apresentar a embaixadores um PowerPoint com suas desconfianças sobre o sistema eleitoral brasileiro, o Palácio do Planalto emitiu nota em que chama o encontro de "intercâmbio de ideias".
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"O senhor presidente da República manteve encontro hoje com chefes de missões diplomáticas acreditadas no Brasil para intercâmbio de ideias sobre o processo eleitoral em curso no nosso País", diz o governo, em nota oficial.
No posicionamento oficial, o governo diz que Bolsonaro tem como prioridade fazer valer a vontade dos eleitores nas urnas. "O senhor Presidente da República sublinhou aos titulares e representantes diplomáticos presentes seu desejo de aprimorar os padrões de transparência e segurança do processo eleitoral brasileiro. Enfatizou que a prioridade é assegurar que prevaleça, de modo inquestionável, a vontade do povo brasileiro nas eleições", diz a nota.
De acordo com Bolsonaro, hackers ficaram por oito meses dentro dos computadores do TSE e tiveram acesso a uma senha de um ministro da Corte. "Eu sou presidente da República e fico envergonhado de falar isso aqui".
Aos embaixadores, Bolsonaro garantiu que tudo o que apresenta está documentado. "O que eu mais quero por ocasião das eleições é a transparência. Queremos que o ganhador das eleições seja aquele que foi votado", disse o presidente.
O presidente do TSE, ministro Edson Fachin, chamou o encontro de “grave acusação de fraude e má-fé”. Em um evento da OBA, Fachin rebateu os pontos apresentados pelo presidente, citando investigações já concluídas, como do acesso indevido de um hacker à Justiça Eleitoral, que “não representou qualquer risco à integridade das eleições de 2018”.
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