Bolsonaro nega reajuste a servidores em 2022: ‘Pelo que tudo indica, não será possível’
O presidente disse, no entanto, que a legislação para o próximo ano prevê reestruturações
O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta terça-feira (7) que não haverá reajuste salarial para servidores públicos em 2022. A afirmação foi feita em uma entrevista para uma emissora de televisão. De acordo com o chefe do Executivo, a previsão de reajuste de 5% para as carreiras, que estava em análise pelo Governo Federal, custaria em torno de R$ 7 bilhões, o que “atrapalharia o funcionamento do Brasil”.
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No fim de abril, Bolsonaro havia afirmado que o reajuste era planejado para todo o funcionalismo a partir do mês que vem. "Eu lamento. Pelo que tudo indica, não será possível dar nenhum reajuste para os servidores no corrente ano. Mas já está na legislação nossa, a LOA [Lei Orçamentária Anual], de que para o ano que vem teremos reajustes e reestruturações", afirmou o presidente.
A LOA é a peça elaborada pelo governo com o planejamento de quanto e em quais setores a União vai gastar o dinheiro público federal no período de um ano. O documento é elaborado pelo Executivo com base no valor total arrecadado pelos impostos e precisa passar por aprovação do Congresso para que se torne lei.
Segundo Bolsonaro, o reajuste foi descartado devido a uma "conta extra" de R$ 9 bilhões que entrou no orçamento da União. O valor se refere a um bloqueio do governo federal para não furar o teto de gastos. "Qual o problema nosso? Nós temos um orçamento bastante pequeno. Se alguém achar dinheiro sobrando, eu dou reajuste agora, de quanto a pessoa achar que tem que dar”, disse o presidente.
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