Ato cultural organizado por centrais sindicais mobiliza críticos ao Governo Bolsonaro, em Belém

Evento que celebra o Dia do Trabalhador teve shows musicais e presenças de lideranças políticas e sociais

Lucas Costa
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Um ato cultural realizado marcou a manifestação de 1º de maio de grupos críticos ao presidente Jair Bolsonaro (PL), realizado na manhã deste domingo, em Belém. Um palco montado ao lado Teatro Waldemar Henrique recebeu shows de Félix Robatto, Paulinho Mururé e Arraial do Pavulagem, além da presença de diversas lideranças sociais e políticas.

O evento foi organizado pelo Fórum das Centrais Sindicais, que inclui grupos como Central Única dos Trabalhadores (CUT), Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST), União Geral dos Trabalhadores (UGT), Intersindical, entre outras.

Por ter sido um evento em local fixo, sem cortejos ou passeatas, não houve encontro com a caminhada organizada por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL), realizada em paralelo. O evento do domingo contou com discursos de lideranças entre as apresentações musicais. 

Cléber Rezende, presidente da CTB Pará, destaca a importância do evento no Dia do Trabalhador no sentido de resgatar a história do povo brasileiro, das lutas e conquistas da classe trabalhadora. 

“É um ato internacional do trabalhador e trabalhadora, que resgata a luta por direitos, pela democracia, pela redução das jornadas de trabalho, garantia do FGTS, seguro desemprego, do final de semana remunerado, um conjunto de direitos”, explica.

O sindicalista também pontua que, além de celebrar conquistas, o evento também trata-se de um momento de reivindicar perdas de direitos conquistados. “Com o golpe de 2016, a chegada de Temer à presidência, depois o Jair Bolsonaro, nós temos um processo de retrocesso, de retirada dos direitos”, avalia.

“A reforma trabalhista desmontou a CLT e as conquistas dos trabalhadores. A reforma da previdência atacou o direito previdenciário da classe trabalhadora, do povo brasileiro. E nós estamos num processo de ataque a democracia, ataque aos nossos direitos. O 1º de maio é por direito, por democracia, pela vida do nosso povo. e estamos lutando para reconstruir direitos, um Brasil da esperança”, defende Cléber.

O ato realizado na Praça da República contou com a adesão popular de trabalhadores da plateia. A estudante de psicologia Larissa Lima, que trabalha como atendente, falou de aliar outras lutas nesta data, além dos direitos trabalhistas.

“Numa época em que estamos vivendo, que o Bolsonaro por conta do trabalho dele de fazer reformas que que dificultam as pesquisas, o desenvolvimento da ciência, tudo isso faz com que as pessoas se sintam reprimidas. Tudo isso faz com que a gente se sinta na vontade de lutar”, defende Larissa.

Jobe Miranda, trabalhador do Poder Judiciário no Amapá, também falou sobre sentir-se representado pelas pautas defendidas no evento. “É um dia histórico no mundo todo, de uma importância fundamental, simbólica, porque é um dia de reflexão, de ação sobre as condições que vivem a maioria do povo no mundo inteiro, em especial também no Brasil, da classe trabalhadora. É um dia de luta, é um dia de reflexão, e é um dia também de encontro, de celebração, por isso é uma importância fundamental, e esse dia tende a ser eterno enquanto existir o mundo do trabalho”, pontua.

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