Após abrir CPI do MST, Arthur Lira condena invasões: 'Para acontecer um problema falta pouco'
Já o coordenador do movimento afirmou que estão "usando ocupações para criminalizar o movimento e atacar Lula"
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, que na última semana leu o ato de criação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a atuação do Movimento dos Sem Terra (MST), condenou as recentes invasões do movimento. Em entrevista para o jornal O Globo, ele afirmou que esteve com integrantes do MST e, na ocasião, declarou que "o agronegócio não tem problema em conviver com a agricultura familiar, assim como os assentados não são inimigos das terras produtivas", disse o deputado.
Porém, Lira observou que houve mais invasões à Embrapa e a terras produtivas de celulose, principalmente em estados onde o governo estadual é aliado do governo federal.
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“Qual é o risco de não darmos um freio nisso logo? É que a turma do campo está amedrontada, assustada e armada. Para acontecer um problema falta pouco. Integrantes do governo já refutaram as invasões, mas não houve medidas firmes para impedi-las efetivamente. Então, vai ter CPI", justificou o presidente da Câmara sobre a abertura da Comissão.
Luta por reforma agrária
Neste domingo (30), João Paulo Rodrigues, da coordenação nacional do MST, escreveu em suas redes sociais que durante a gestão de Jair Bolsonaro o MST ocupou 159 latifúndios improdutivos e, segundo ele, "não houve alarde da imprensa".
"E agora por muito menos, estão usando ocupações para criminalizar o movimento e atacar Lula. Sai governo, entra governo, os Sem Terra continuam lutando por Reforma Agrária!", completou.
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