Ampliação da malha ferroviária é aposta do novo ministro dos Transportes, Renan Filho
Segundo ele, devem ser feitas revisões de contratos para destravar obras em rodovias com recursos privados
Empossado oficialmente nesta terça-feira (3) como ministro dos Transportes, Renan Filho disse que que vai apostar na ampliação da malha ferroviária para cargas pesadas. Segundo ele, no curto prazo, devem ser feitas revisões de contratos para destravar obras em rodovias com recursos privados. As informações são da Agência Brasil.
O novo ministro ainda mencionou a necessidade de impulsionar concessões, prometendo apresentar em 15 dias um plano de ação para os primeiros 100 dias à frente da pasta dos Transportes.
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"Será necessário se debruçar sobre os contratos dos 15 mil quilômetros de rodovias concedidas e ampliar a participação do setor privado para agilizar essa tarefa", afirmou. "Investiremos com critério onde precisa ser investido e contaremos com o setor privado para dar o impulso necessário ao programa de concessões", disse ele, pouco depois.
De acordo com levantamento recente da Confederação Nacional do Transporte (CNT) citado por Renan durante o evento, 66% da malha rodoviária brasileira encontra-se em condições péssimas, ruins ou com algum problema de circulação. "Estima-se que a recuperação da malha demandaria R$ 100 bilhões em investimentos", ressaltou. "Só para ilustrar, a má condição da malha consome, anualmente, 1 bilhão de litros de diesel desnecessariamente", acrescentou o ministro.
Ainda assim, ele afirmou que os exemplos pelo mundo mostram ser insustentável o transporte contínuo e crescente por via rodoviária, ante a larga produção agrícola e de minérios do Brasil. "O caminho para resolver o problema, todos sabemos, é ampliação da malha ferroviária”, frisou o ministro.
O Ministério dos Transportes foi recriado pelo novo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que desmembrou o Ministério da Infraestrutura em dois, criando também a pasta de Portos e Aeroportos, cujo titular é Marcio França.
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