Refém na Augusto Montenegro: Defesa da vítima pedirá a inclusão de mais 9 crimes contra Yann Carlos
Dentre os novos delitos, está a tentativa de homicídio, identificada no momento em que o criminoso apontou uma faca para a criança de 3 anos
A defesa da animadora de festas Ana Júlia de Sousa Brito, feita refém junto com os filhos por mais de 17 horas na avenida Augusto Montenegro, em Belém, vai pedir nos próximos dias à Polícia Civil a inclusão de outros crimes que foram cometidos por Yann Carlos Monteiro Barroso, segundo ela. Durante coletiva de imprensa, realizada no dia 9 de março, após a liberação dos reféns, o secretário de Segurança Pública do Pará (Segup), Ualame Machado, chegou a afirmar que Yann iria responder por sequestro. No entanto, ele foi autuado por roubo, com restrição de liberdade. Atualmente, o rapaz está preso no Presídio Estadual Metropolitano III (PEM3), em Marituba.
A advogada Glauma Ribeiro, que trabalha na defesa de Ana Júlia, explicou que, pelo menos, nove crimes poderão ser acrescentados no inquérito que investiga o caso: tentativa de homicídio, ameaça, lesão corporal, maus tratos, importunação sexual, ato obsceno, invasão de dispositivo alheio (celular), deterioração de documento particular e cárcere privado.
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Os crimes foram identificados a partir do depoimento de Ana Júlia, que consta em boletim de ocorrência. Glauma esclareceu que a tentativa de homicídio seu deu no momento em que Yann Carlos puxou a faca e apontou para a direção da criança de 3 anos, filha de Ana Júlia.
“Conforme a Júlia relata, ele (Yann) fala para o Uber que ele não estava de brincadeira, apontando a faca para a direção da cabeça da criança. Então, ele queria matar. Por isso, eu quero alegar essa tentativa de homicídio, porque se a mãe não protegesse, infelizmente vinha a óbito”, defendeu a advogada Glauma Ribeiro.
Relembre o caso
No dia 8 deste mês, Ana Júlia de Sousa Brito foi feita refém juntamente com os filhos - de três, sete e nove anos - por mais de 17 horas na avenida Augusto Montenegro, em Belém, no momento em que a jovem entrava em um carro de aplicativo. Ela havia acabado de sair de um shopping center localizado na BR-316.
Ana Júlia, que trabalha como animadora de festas, relatou que viveu momentos de terror sob a mira de uma faca empunhada por Yann Carlos Monteiro Barroso. Ela contou que ofereceu dinheiro para que a família fosse liberta, mas o rapaz não aceitou. Ele foi autuado por roubo, com restrição de liberdade.
A vítima também avaliou que Yann possui uma “mistura” de problemas psicológicos com drogas. Segundo ela, o sequestrador tentou esfaquear a criança de três anos, e dizia que poderia fazer uma “bobagem”.
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