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Peritos realizam reprodução simulada da morte de empresária

A dinâmica da ação foi baseada em informações obtidas a partir de fotografias tiradas no dia do incidente

O Liberal

Peritos criminais da Polícia Científica do Pará (PCEPA) participaram, nesta terça-feira (16), de uma reprodução simulada para esclarecer aspectos da investigação sobre a morte da empresária Verônica Zanoni, de 28 anos, encontrada morta no dia 23 de dezembro do ano passado, nos fundos de sua loja, em Parauapebas, no sudeste do estado. A necropsia revelou sinais de estrangulamento no corpo da vítima, contrariando a hipótese inicial de suicídio. 

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Diante disso, o Ministério Público requisitou a reprodução simulada a pedida da Delegacia da Mulher do município. A simulação foi realizada nos fundos da loja de Verônica e seu esposo, Ariel Zanoni, onde ela foi encontrada morta após uma briga com o mesmo, que a deixou trancada por horas dentro da loja. Verônica chegou a ligar para polícia pedindo ajuda momentos antes de morrer.

A dinâmica da ação foi baseada em informações obtidas a partir de fotografias tiradas no dia do incidente. "Para a dinâmica, amarramos uma corda idêntica à encontrada no mezanino do local, como verificamos nas fotografias, e utilizamos um boneco para tentar simular o suposto suicídio e analisar a situação", explicou o perito criminal José Augusto Andrade.

Além disso, a dinâmica incluiu uma simulação no supermercado onde o marido da vítima alegou ter estado uma hora antes de encontrá-la morta. "Refizemos todo o trajeto: saímos da loja onde ele trabalhava, fomos ao supermercado, passamos pelo caixa e caminhamos até o carro, retornando à loja que ele gerenciava, para cronometrar o tempo de deslocamento", detalhou o perito. 

 A reprodução durou cerca de quatro horas e meia, começando com o depoimento do esposo da vítima. "Ele montou a cena conforme seu relato, sem nossa interferência e sem a interferência do advogado", informou o perito. No dia anterior ao exame, os peritos realizaram uma visita técnica ao local do crime para coletar as informações necessárias. "Fizemos as medições do ambiente para elaborar um desenho técnico da área onde ocorreu o fato", acrescentou. 

Relembre o Caso

Em 23 de dezembro de 2023, por volta das 18h30, Verônica Zanoni faleceu nos fundos de sua própria loja, onde foi trancada pelo marido. Câmeras de vigilância mostram seus momentos finais. Ela foi encontrada dentro da loja, trancada, visivelmente aflita enquanto seus filhos choravam ao lado.

Antes da tragédia, Verônica fez uma ligação desesperada para a polícia, pedindo ajuda para abrir a porta da loja, alegando que seu marido a havia deixado trancada lá dentro. O incidente ocorreu na véspera do Natal, em um sábado, e Verônica estava visivelmente preocupada em passar o feriado longe de sua família. Ela expressou sua raiva para com o marido, mas desistiu de buscar ajuda policial quando a PM mencionou que precisaria arrombar a porta.

Posteriormente, Verônica veio a falecer. Inicialmente, as circunstâncias sugeriam suicídio, mas uma declaração do IML apontando para homicídio, juntamente com algumas inconsistências nas imagens da loja, levaram a família a questionar se Verônica foi assassinada.

Desde então, a família tem pressionado por uma investigação rápida e justa, utilizando as redes sociais para clamar por justiça. Eles levantam a possibilidade de que o marido de Verônica, Ariel Zanoni, manipulou as imagens das câmeras de segurança e pode saber mais do que revelou às autoridades.

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