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Paraense presa na Indonésia: veja o que se sabe sobre a rotina da jovem na prisão

"Ela está estudando inglês, joga futebol, faz crochê e vai à igreja", diz a tia de Manuela Vitória de Araújo Farias

O Liberal
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Condenada a 11 anos de reclusão por tráfico de drogas na Indonésia, a paraense Manuela Vitória de Araújo Farias viverá por muito mais tempo a rotina do presídio feminino de Kerobokan, em Bali, onde já está presa desde 1º de janeiro deste ano. No local, ela pratica todas as atividades que as demais detentas, conforme relata o advogado de defesa da jovem no Brasil, Davi Lira da Silva, e a tia, Luiza Araújo.

Para a família, não são muitas as informações sobre o dia a dia de Manuela, uma vez que muitos dos contatos são mediados pelas defesas, primeiro dos advogados indonésios, depois, para o advogado do Brasil. Apenas algumas vezes a família consegue conversar diretamente com a jovem, por videochamada, mas, segundo Luiza Araújo, Manuela tem praticado uma série de atividades dentro da prisão:

"A gente sabe que ela tá estudando inglês, joga futebol, faz crochê e vai à igreja", comenta. Detalhes sobre qual igreja e se há saídas eventuais nesses momentos, a familiar da paraense não soube precisar.

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Já o advogado de defesa de Manuela no Brasil, Davi Lira da Silva, esclarece que a rotina da paraense é a mesma das demais detentas em Kerobokan: "A rotina é normal, com direito a banho de sol, alimentação..." comenta. No entanto, a realidade do presídio indonésio difere em alguns pontos da maior parte dos presídios brasileiros, conforme pontua o advogado:

"No geral, não tem o efeito da superlotação - a estrutura do presídio lá é boa, a única coisa é que o preso tem que pagar sua própria alimentação, bebida e vestuário. Eles recebem um cartão de débito, a família faz depósito e eles pagam pelo o que eles consomem", informa.

Davi conta que Manuela tem estudado inglês e Bahasa Indonesia, o idioma oficial do país - sem esses conhecimentos ela não conseguiria se manter por lá. Inclusive, é o primeiro passo para que ela consiga iniciar outros estudos e, talvez, até mesmo começar a trabalhar. No Brasil, Manuela tem o Ensino Médio completo.

Davi Lira da Silva afirma que, atualmente, sua cliente vive a melhor fase desde a prisão, tanto física, quanto emocionalmente, tendo em vista toda a tensão que viveu nos mais de seis meses presa sem saber ainda qual seria sua sentença condenatória, até esta quinta-feira, 8, quando ocorreu o julgamento.

"Ela já esteve muito desesperada. Ela está triste com os 11 anos de prisão, ela queria que fosse menos ou que ela fosse liberada, inclusive, mas ela entende que, comparado ao que ela estava enfrentando, as notícias são muito boas", afirma o advogado, que considera uma vitória que a paraense não tenha sido condenada à prisão perpétua ou pena de morte - sentenças máximas para tráfico de drogas na Indonésia, crime com histórico de brasileiros condenados.

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