Paraense presa na Indonésia: defesa tem esperança de reduzir a pena em até 60%
"Agora, tudo depende da Manuela", diz o advogado de defesa da paraense condenada por tráfico de drogas no país asiático
Livre do medo da pena de morte ou da prisão perpétua, agora, a defesa de Manuela Vitória de Araújo Farias sonha com a possibilidade de redução de pena da paraense, que foi condenada nesta quinta-feira (8) a cumprir 11 anos de prisão em regime fechado e ao pagamento de uma multa de 1 bilhão de rúpias (moeda do país), equivalente a mais de R$ 330 mil, pelo crime de tráfico de drogas na Indonésia. Segundo o advogado da jovem no Brasil, o criminalista Davi Lira da Silva, tudo depende do comportamento de Manuela.
"O esquema de redução de pena depende muito da Manuela, de ela manter o bom comportamento carcerário, de ela continuar estudando lá e, quando for possível, trabalhar. É uma série de fatores que dependem só dela", avalia. "Eu estava conversando com os especialistas de lá e com os advogados locais e é possível quebrar até 60% do tempo de prisão", estima.
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Manuela está presa desde 1º de janeiro deste ano no presídio feminino de Kerobokan, na ilha de Bali, na Indonésia. Foram mais de seis meses de espera e várias audiências ao longo do processo até a determinação da sentença condenatória nesta quinta-feira. No país asiático, as penas máximas para o crime de tráfico de drogas são a prisão perpétua e a morte, possibilidades que ficaram para trás a partir de então.
Em entrevistas anteriores, o advogado Davi Lira da Silva já havia afirmado à reportagem de O Liberal que consideraria uma vitória que a jovem se livrasse das penas máximas e tivesse a chance de sair ainda jovem da prisão. Depois que o Ministério Público da Indonésia avaliou o caso e sugeriu à Justiça do país que a paraense fosse condenada a 12 anos de prisão, ainda no fim de maio, as esperanças aumentaram. Agora, com a determinação de 11 anos de prisão, a defesa deve lutar pela redução de pena e fazer com que Manuela consiga estar livre antes dos 30 anos.
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