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Mais um feirante é assassinado na noite desta terça (03) no Curuçambá, em Ananindeua

Mais cedo, uma execução semelhante aconteceu no mesmo local; moradores suspeitam de "taxa do crime"

O Liberal

Um feirante foi executado de forma bárbara na noite desta terça-feira (04), enquanto trabalhava em seu estabelecimento na avenida Baraúnas, entre as ruas Tapera e Mucucaua, bairro do Curuçambá, em Ananindeua — mesmo local onde aconteceu um homicídio de outro feirante, pela manhã. Não há confirmação oficial de que os crimes tenham relação, mas no local muito falou-se sobre a “taxa do crime”.

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A vítima, Maciel Pinto da Silva, de 30 anos, popularmente conhecido como Bill, estava sentado onde vendia frutas, guardando seus produtos, quando foi surpreendido por dois homens em uma motocicleta. O garupa desceu e disparou ao menos três vezes pelas costas da vítima, que morreu no local.

De acordo com testemunhas, Bill, que era de uma família de feirantes e trabalhava desde criança ajudando sua família, teria se recusado a pagar a suposta ‘taxa do crime’, espécie de ‘imposto’ exigido por criminosos, principalmente na periferia.

Pessoas próximas afirmaram que ele falava abertamente sobre sua decisão de não ceder às pressões para efetuar o pagamento. No ataque, o comerciante foi atingido por pelo menos três disparos, sendo um na cabeça e os outros na região do pescoço.

“Quem não paga dança”, afirmou à reportagem um mototaxista do local, afirmando que Bill já tinha dito algumas vezes que não pagaria a taxa.

Mais cedo, uma execução semelhante aconteceu na mesma avenida, levantando ainda mais suspeitas de que os crimes estão ligados à mesma prática de extorsão.

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