'Hetéro Top': Ministério Público oferece nova denúncia contra Maurício Filho por estupro
O MPPA se manifestou a favor da manutenção da prisão do acusado “tendo em vista a latente probabilidade da prática de novos delitos”
O Ministério Público do Pará (MPPA) ofereceu, nesta sexta-feira (31), uma nova denúncia contra Maurício César Mendes Rocha Filho, o “Hétero Top”. Desta vez, o rapaz de 25 anos é acusado pelo crime de estupro ocorrido em agosto de 2021, na casa dele, no bairro do Jurunas, em Belém. Fontes da Segurança Pública confirmaram à reportagem de O Liberal que a denúncia é um desdobramento do mandado de prisão preventiva que já foi cumprido contra o acusado, no último dia 9, quando ele já se encontrava preso.
Ainda nesta sexta, o MPPA se manifestou a favor da manutenção da prisão do acusado “tendo em vista a latente probabilidade da prática de novos delitos”.
De acordo com o art. 213 do Código Penal Brasileiro, caracteriza-se como estupro “constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou a praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso”. A pena de reclusão vai de seis a dez anos de prisão.
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Maurício Filho dilacerou partes íntimas da vítima, aponta denúncia
No documento que contém a denúncia, a vítima procurou a Polícia Civil em dezembro do ano passado, após a prisão de Maurício pelo vazamento de vídeos íntimos de mulheres. A jovem relatou que conheceu o criminoso em uma festa na cidade e que ele teria sido bastante incisivo para encontrá-la novamente.
Em um desses encontros, já na casa do rapaz, Maurício manteve relação sexual com a jovem sem o consentimento dela e mesmo depois de ter sido advertido pela moça. As páginas documentais apontam que Maurício utilizou de extrema violência contra a mulher, que teve “esgarçamento da parede vaginal e laceração do períneo”, precisando, por isso, ser submetida a procedimento cirúrgico em um hospital da cidade.
Drogas e perseguição
O documento com a nova denúncia contra Maurício destaca que, após a prisão dele, outras mulheres foram encorajadas a procurar a polícia para denunciá-lo, também se apresentando como supostas vítimas de episódios semelhantes. Ainda segundo o documento, Maurício tinha uma espécie de “modus operandi”: drogava e abusava das vítimas sem o consentimento delas, com uso de extrema violência.
Uma das vítimas chegou a relatar à polícia que precisou se mudar de Belém para tratar a dependência química e se livrar do rapaz. No entanto, quando retornou, continuou sendo perseguida por ele.
Maurício Filho está preso desde dezembro do ano passado, na Cadeia Pública de Jovens e Adultos (CPJA), em Americano, no município de Santa Izabel do Pará. Ele é acusado de vazar vídeos íntimos de mulheres, entre elas a influenciadora digital Luma Bonny, de 23 anos. O crime ocorreu em 6 de novembro de 2022. Dois dias depois, Luma se jogou do sétimo andar de um prédio localizado no centro de Belém. A expectativa da família da jovem é de que o acusado seja julgado ainda neste primeiro semestre.
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