Conheça como é a rotina de um cão aposentado da Polícia Militar do Pará

Após dar sua contribuição à sociedade, Mel encerrou sua carreira policial; ela tem como tutora a soldado Laís da Silveira Fernandes, com quem trabalhou no Batalhão de Ações com Cães

Dilson Pimentel

Depois de oito anos de serviço, os cães policiais do Batalhão de Ações com Cães (BAC), da Polícia Militar do Pará, se aposentam. No batalhão, há cães empregados para detectar explosivos e armas de fogos, localizar foragidos e, também, para fazer visitas em hospitais.

Após dar sua contribuição à sociedade, Mel encerrou sua carreira policial. Ela está com nove anos de idade e tem, como tutora, a soldado Laís da Silveira Fernandes, de 29 anos, com quem trabalhou naquele batalhão.

Comandante do BAC, o tenente-coronel Allan Sullivan explicou que, após aquele período, o animal deixa de ser empregado nas atividades do batalhão, mas continua na unidade. “Esse tempo é de oito anos de serviço, mas pode ser prorrogado, dependendo do estado físico e mental do cão, o que é avaliado pela veterinária. Dependendo da avaliação, eu posso prorrogar por até mais dois anos”, afirmou.

Quando o animal completa oito anos como cão policial ele é colocado para desenvolver atividades educativas e recreativas. Leva-se em consideração que é um cão que já contribuiu com a corporação e com a comunidade. “Inclusive a gente faz uma cerimônia dos cães que vão para a reserva. A gente faz um ‘paradão’ com toda a tropa. E, naquele dia, qual é a premiação deles? A gente compra umas 30 bolinhas de tênis e ali a gente faz a distribuição das bolinhas para ele, mostrando que ali acabou o serviço dele operacional”, contou o comandante.

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O ideal é que, encerrada sua carreira no batalhão, esse cão seja doado. Ele pode ser doado para o seu adestrador, que conviveu com ele na sua fase operacional toda e tem preferência para ficar com o animal. Mas, quando o adestrador não tem condições, é oferecido para um policial militar do BAC e, em seguida, para um policial militar da corporação.

“Não apareceu nenhum interessado? Divulgamos e, através dos nossos contatos, a gente pode fazer a doação para pessoas civis. Tudo isso a gente faz dentro de critérios. A pessoa que vai receber o cão, mesmo sendo um policial militar, passa por uma entrevista. A gente analisa as condições que vão ser dadas para esse cão. Em seguida, a pessoa assina um termo de recebimento de doação”, explicou.

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“Eu não podia ficar sem ela”, diz soldado que adotou Mel

A soldado Laís da Silveira Fernandes adotou Mel em outubro de 2022. “Desde quando cheguei para trabalhar no BAC me apaixonei de cara por ela e criamos um vínculo muito grande”. A policial explicou que não tinha espaço para ficar com Mel porque morava com meus avós e eles não aceitariam outro animal em casa.

“Já estava convencida que ela seria adotada por outra pessoa. Mas, quando chegou a hora de ela ser aposentada, meu coração apertou. Eu não poderia ficar sem ela. Então decidi adotar”, afirmou

A princípio, Mel ficou na casa da mãe da policial, até ela receber seu apartamento. “A Mel é meu orgulho, todo mundo se apaixona por onde ela passa. Como ela já é um animal idoso, já está mais desacelerada. Mas percebo que, às vezes, ela sente falta do convívio com outros animais, que hoje em dia ela não tem tanto contato. Ela adora outros animais e crianças. Pretendemos adotar um gatinho para fazer companhia pra ela”, contou Laís. A soldado sempre acompanhava Mel nas visitas a hospitais, creches e escolas. “Ela nos humaniza perante a sociedade”, contou a soldado.

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