Soltura de mais de 7 mil quelônios no Pará ajuda no combate às mudanças climáticas
Projeto no Pará promoveu a soltura de 19 mil quelônios na natureza entre os anos de 2024 e 2025

Mais de 7 mil quelônios foram devolvidos à natureza somente este ano por meio de ações do Projeto Quelônios do Sudeste do Pará, cujo objetivo é recuperar as espécies e auxiliar na conscientização sobre a importância da preservação ambiental. Entre as principais espécies reintegradas ao ambiente natural estão a tartaruga-da-amazônia (Podocnemis expansa) e o tracajá (Podocnemis unifilis).
O projeto incentiva a revitalização das populações de animais aquáticos afetados pelas mudanças climáticas. Mais de 2.200 tracajás e 5.200 filhotes de tartarugas-da-amazônia foram soltos somente em 2025. As solturas são realizadas nas comunidades de Vila Santo Antoninho, Saúde e Tauiry, no município de Itupiranga, sudeste paraense.
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As ações ocorrem em diversos pontos da Área de Proteção Ambiental (APA) do Lago de Tucuruí, uma das 29 Unidades de Conservação (UCs) gerenciadas pelo Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Pará (Ideflor-Bio). As solturas foram conduzidas pela Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa), com apoio da Fundação Zoobotânica de Marabá e Eletrobrás-Eletronorte, além da parceria com o Ideflor-Bio, por meio da Gerência da Região Administrativa do Mosaico Lago de Tucuruí.
Compromisso com o meio-ambiente
A coordenadora de ações do projeto, Cristiane Cunha, destaca a importância dos quelônios para o ecossistema. “Recuperar estas espécies no Lago de Tucuruí significa melhorar a qualidade do ambiente aquático, pois os quelônios são importantes para o equilíbrio ambiental e auxiliam na limpeza do rio, além de fazerem parte da cadeia alimentar de outros animais”, diz Cristiane.
A titular da Gerência da Região Administrativa do Mosaico, Keylah Borges, ressaltou que entre os anos de 2024 e 2025 foram soltos mais de 19 mil filhotes de ambas as espécies na região. “Isso reflete a importância do projeto. As solturas são momentos muitos bonitos e importantes, pois nestes eventos comemorativos os comunitários, e principalmente as crianças, puderam participar de atividades de educação ambiental com a equipe do projeto e realizaram a soltura dos filhotinhos no lago”, acrescentou.
*Ayla Ferreira, estagiária de Jornalismo, sob supervisão de Camila Guimarães, repórter do núcleo de Atualidade de oliberal.com
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