Pará deve exportar piramutaba e pescada gó à China com abertura de mercado do pescado formalizada

O protocolo firmado autoriza a entrada na China de peixes de pesca extrativa do Brasil. 

O Liberal
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No último dia 22 de abril, o Brasil assinou um acordo da abertura de mercado do pescado durante a reunião com representantes do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) com autoridades do GACC, órgão responsável pelas questões sanitárias e fitossanitárias na China. Em meio a disputa tarifária entre Pequim e Washington, o Brasil vai começar a exportar pescado extrativo para a China. No Pará, as expectativas com a exportação para a China são regadas de boas perspectivas. 

O Brasil poderá exportar 37 espécies de peixes à China e entre os pescados estão o atum, a piramutaba e pescada gó. Eloy de Sousa Araújo, diretor técnico da Associação dos Produtores de Pescados da Amazônia Azul (ABRAPPAA), avaliou como positiva a abertura do mercado chinês para pescados brasileiros, e afirmou que novos mercados são sempre bem-vindos.

Eloy explica que a ABRAPPAA é uma associação que congrega vários produtores de pescado que comercializam seus produtos com várias empresas, tanto no mercado nacional quanto no mercado internacional. Entre as espécies que a Associação dos Produtores de Pescados da Amazônia Azul lida, as que têm um potencial maior de aceitação no mercado chinês são: piramutaba, pescada amarela, pescada branca, e pescada gó.

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Dados do Ministério da Agricultura mostram que a China importou US$ 17,9 bilhões em pescados no ano passado. O setor produtivo estima que o Brasil poderá alcançar pelo menos US$ 1 bilhão ao ano deste mercado.

Sobre impacto na cadeia produtiva e no mercado paraense, Eloy de Sousa avalia ainda que a abertura pode valorizar o pescado local e, atrelado a isso, pode impactar o preço para quem consome frequentemente o alimento. 

“Entendemos que esse novo mercado deverá substituir o mercado europeu que havíamos perdido, essa questão de preço estará sempre subordinada a lei da oferta e procura, que ultimamente tem sido equilibrada com a oferta do pescado oriundo da piscicultura”, pontua o diretor da ABRAPPAA.

O presidente do Sindicato de pescadoras e pescadores artesanais agroecologico do Estado do Pará (Sinpesca-PA), Apoliano Oliveira, pontua que é muito válido e positivo a exportação de pescado do Pará para a China, pois as espécies piramutaba e pescada gó oferecem uma produção elevada no estado e estão entre os pescados mais bem avaliados no mercado chinês.

A abertura de mercado do pescado à China pode impulsionar o setor pesqueiro paraense, já que novas oportunidades de negócios sempre agregarão necessidades de investimento, além de gerar emprego e renda.

Sobre faturamento, Apoliano explica que não há estimativa, nem números aproximados, já que tudo depende de contratos. A reportagem do Grupo Liberal entrou em contato com a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Agropecuária e da Pesca (Sedap) para falar sobre o impacto no setor e as estratégias do governo para um maior desenvolvimento econômico, mas não obteve retorno até o fechamento desta matéria. 

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