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Outubro Rosa: descoberta precoce leva pacientes a tratamentos menos invasivos contra o câncer

Especialista reforça que quanto mais cedo o diagnóstico, maiores são as chances de cura

O Liberal
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Mais de 17 mil brasileiras serão diagnosticadas com câncer de colo do útero até 2025, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca). No Pará, o número de casos é alarmante: segundo a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), foram 433 novos registros só em 2023. Diante desse cenário, especialistas reforçam a importância de um diagnóstico precoce e de um tratamento humanizado para melhorar a jornada de pacientes.

Segundo o médico oncologista e coordenador do Centro de Oncologia do Hospital Adventista de Belém (HAB), Sandro Cavallero, é fundamental a detecção precoce da doença, condição que submete o paciente a tratamentos menos invasivos e aumenta significativamente as chances de cura.

“Quanto mais tardio o diagnóstico, mais difícil a situação retorna. Para os casos avançados, a taxa de sobrevivência em cinco anos fica entre 30 e 40%. No entanto, se o câncer for identificado precocemente, as chances de a paciente estar viva e curada em cinco anos chegam a quase 100%”, afirma o oncologista.

Ele acrescenta que o diagnóstico precoce é a melhor defesa na luta contra o câncer de mama. “Mulheres a partir dos 40 anos devem realizar mamografias anualmente. Aquelas com histórico familiar de câncer de mama devem iniciar os exames antes dessa idade”, orienta Sandro, ressaltando a importância de cuidados preventivos.

image Realizar exames anualmente e ficar atenta a sinais e sintomas ajudam no diagnóstico precoce (Divulgação)

 

Paciente desconfiou de dor intensa na mama

Uma dor aguda na mama direita, que irradiava pelo tórax e se espalhava pelas costas, mudou completamente a vida de Ana Clécia Escopel, de 44 anos. “Em janeiro de 2021, comecei a sentir uma dor muito forte no lado direito da minha mama. Ela se espalhava pelo tórax e pelas costas, era intensa e me assustou muito. Na época, minha família e eu morávamos na Transamazônica. Decidi ir até Santarém investigar, mas não encontraram nada”, conta.

Ana Clécia diz que, naquele momento, era diretora de escola e levava uma vida corrida, cheia de longas horas de trabalho e hábitos alimentares pouco saudáveis. “Com a preocupação aumentando, minha família e eu resolvemos vir para Belém. Comecei uma verdadeira maratona de exames. Foram quase três semanas tentando entender o que estava acontecendo. Mas, apesar disso, nada explicava aquela dor”, relembra.

Os meses se passaram e a dor voltou, dessa vez mais intensa. Foi então que a paciente decidiu fazer novos exames e, finalmente, recebeu o diagnóstico que mudaria sua vida: câncer de mama.

A enfermeira do setor de Oncologia do HAB, Silma Alexandrino, recomenda que as mulheres realizem consultas médicas, façam exames laboratoriais e pratiquem o autoexame. “O toque é simples e pode ser feito deitada, sentada ou em pé. O importante é percorrer toda a mama com os dedos e também examinar o mamilo. Preste atenção em alterações como espessura da pele, afundamento do mamilo, secreção ou a presença de nódulos, ou massas” explica Silma.

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