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Marina Silva destaca emergência climática e a COP 30 em evento sobre propostas para o Pará

A declaração foi feita durante a Conferência Estadual de Meio Ambiente, realizada nesta quinta-feira (13) na Universidade Federal do Pará (UFPA), na capital paraense.

O Liberal
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"Não estamos aqui por uma simples urgência, mas por uma verdadeira emergência climática", afirma a Ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, sobre a COP 30, que será realizada em Belém, em novembro deste ano. A declaração foi feita durante a Conferência Estadual de Meio Ambiente, realizada nesta quinta-feira (13) na Universidade Federal do Pará (UFPA), na capital paraense. O encontro visa definir as 20 propostas prioritárias para o estado, resultado de uma série de reuniões municipais e regionais realizadas no Estado ao longo de 2024.

Para Marina, "essa é a COP da implementação. COP não é festa. É muito trabalho". "Tudo que tinha para discutir de estrutura, de processo, de regra, já foi feito nesses últimos 33 anos. Agora, não tem mais para onde querer escapar. Agora é implementar o que foi decidido nesses 33 anos. É muito tempo fazendo discussão de processos, de regras e assim por diante. Não por acaso chegamos o ano passado a um e meio de temperatura e de aumento da temperatura [global]".

"A ciência está dizendo que não pode ultrapassar um e meio, porque com um e meio nós já estamos vivendo seca na Amazônia, incêndio no Pantanal. Nós estamos vivendo incêndio no mundo inteiro, ondas de calor e um mundo completamente desequilibrado", completa a ministra. Sobre a COP neste ano, ela enfatiza: "É uma COP do Brasil, uma COP do Pará, uma COP da Amazônia, porque a responsabilidade de encarar esse problema é de 196 países. E todos nós temos que estar aqui não mais no sentido de urgência, como foi em 92 [durante a ECO-32 no Rio de Janeiro], mas, agora, é numa situação de emergência", pontua a ministra.

Efetivação

A titular da pasta do meio ambiente ainda detalha que esse é um momento de efetivação das discussões por conta dos eventos ambientais extremnos já sentidos nos últimos anos. "Uma hora é chuva demais, outra hora é seca demais. O risco e a emergência climática já estão afetando o mundo e, particularmente, o nosso país. Então, a partir de agora, a gente vai ter que implementar tudo aquilo que a gente já decidiu".

"Por isso que o fato da COP ser na Amazônia, é também alerta, porque se não reduzir a emissão de CO₂ por carvão, petróleo e gás, mesmo que a gente consiga no esforço do governo federal e no esforço dos governos estaduais chegar ao desmatamento zero, as florestas serão destruídas do mesmo jeito", alerta Marina. "É possível fazer essa mudança. O Brasil é o país que pode ter uma matriz energética 100% limpa. Podemos trabalhar cada vez mais ações voltadas para a bioeconomia, agricultura de baixo carbono, que gera emprego, que gera renda, alimento para o nosso povo e para outras regiões do mundo, mas sem destruir as bases naturais do nosso desenvolvimento", acrescenta. 

Conferência

O encontro reúne representantes da sociedade civil, governos e setor privado para debater e consolidar vinte propostas prioritárias destinadas a enfrentar os efeitos da mudança do clima no estado. A Conferência Estadual é o passo seguinte à etapa municipal, encerrada em 26 de janeiro, em que a população dos municípios do estado do Pará deu suas contribuições para enfrentar os desafios climáticos locais.

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