Estudantes paraenses disputam etapa nacional de torneio em robótica com projeto sustentável
Com o projeto de inovação, os estudantes desenvolveram o "Ecopavu: Catamarã Coletor de Resíduos Sólidos Urbanos". Protótipo será apresentado em Brasília

Estudantes paraenses da rede pública estadual representarão o Pará na etapa nacional do Torneio Sesi de Robótica - First Lego League Challenge, que segue até o sábado (15), em Brasília (DF). A equipe “Pavulagem” busca um lugar no pódio para conquistar a oportunidade de competir fora do Brasil. O evento faz parte de um torneio global promovido pela organização sem fins lucrativos For Inspiration and Recognition of Science and Technology (FIRST).
Com o projeto de inovação, os estudantes desenvolveram o "Ecopavu: Catamarã Coletor de Resíduos Sólidos Urbanos", um protótipo que visa limpar rios amazônicos utilizando um barco sustentável. Neste ano, o Torneio desafia crianças e adolescentes a apresentarem soluções para destinação do lixo que chega aos oceanos, sob o tema “Submerged”. As propostas devem valorizar a criatividade e beneficiar comunidades.
O grupo é formado por Thaila Sarmanho (EE Marechal Cordeiro de Farias), Maria Eduarda Barbosa e Gustavo Lima (EE Albanizia de Oliveira Lima), David Benny (IFPA), Jhon Keven e Jéssica Aguiar (EE Jarbas Passarinho) e Marcos Vinícius (EE Professor Waldemar Ribeiro). Estreante na competição, Marcos Machado conta que sempre gostou do mundo da robótica. “Pedi para os meus pais, e eles descobriram o ‘Pavulagem’. Espero que neste campeonato eu possa viver momentos de alegria, fazer novas amizades” “E, claro, nos divertir. E, se possível, ganhar algum troféu e representar bem o Estado”, diz.
Para Gustavo Lima, estudante da Escola Estadual Professora Albanízia de Oliveira Lima, essa é mais uma experiência. “Esse torneio sempre me surpreende de várias maneiras, me ensinando muitas coisas. Não troco essa experiência por nada. O estudo da Física e da Matemática melhora meus conhecimentos nessas áreas, mas também trabalhamos com materiais sustentáveis, o que nos leva para o lado da Ciência. Nessa temporada, conseguimos aprender mais sobre as espécies da nossa região. A FLL está aqui para nos ensinar a desenvolver soluções sustentáveis para problemas do dia a dia. Espero fazer coisas incríveis, especialmente porque este é meu último ano”, conta.
Desafio
As professoras Célia França e Aldelice Ferreira Dias, junto ao professor Wanderson Alves Monteiro, são os responsáveis pela “Pavulagem” no Torneio Nacional. “Acompanhar a equipe tem sido uma experiência enriquecedora. Há quase um ano ao lado desses estudantes, percebo o quanto eles são independentes, protagonistas do próprio aprendizado e comprometidos com cada desafio que a robótica propõe”, avalia a docente.
“Essa autonomia é uma das grandes lições que a robótica ensina, pois vai muito além da construção de robôs. Trata-se de resolução de problemas, pensamento crítico e trabalho em equipe. A responsabilidade é grande, mas a alegria de vê-los crescer no aprendizado compensa qualquer desafio”, ressalta Célia França.
Ela também enfatiza o fato de os estudantes serem da rede pública de ensino. “Chegar à etapa nacional com uma equipe formada por alunos de escola pública é uma conquista imensa. Isso demonstra o quanto a robótica tem impulsionado não apenas o desenvolvimento tecnológico, mas também o desempenho escolar e social desses jovens. É uma prova de que oportunidades e dedicação fazem a diferença e abrem caminhos para um futuro promissor”, complementa.
“A equipe Pavulagem simboliza todos os estudantes do Pará, que certamente se sentirão inspirados por essa conquista e motivados a desenvolver iniciativas igualmente incríveis. Contamos com uma equipe talentosa e determinada a ir além. Desejamos muito sucesso à equipe Pavulagem em Brasília. Independentemente do resultado, eles já são vencedores, e trarão uma valiosa experiência para compartilhar com seus colegas", afirma Rossieli Soares, secretário de Estado de Educação.
Soluções
O Programa FIRST® LEGO® League Challenge desafia estudantes na faixa etária de 9 a 15 anos na busca de soluções para problemas sociais, com base no conceito STEAM (abordagem pedagógica que integra Ciência, Tecnologia, Engenharia, Artes e Matemática). Os jovens, liderados por dois adultos (técnicos da equipe), trabalham em sintonia, seguindo regras específicas para cada temporada. Eles constroem robôs baseados na tecnologia LEGO® SPIKE™ Prime, programados para cumprir uma série de missões.
As categorias que compõem o Torneio são: Core Values, na qual são avaliados o trabalho em equipe e o respeito mútuo; Desafio do Robô, que julga as missões realizadas pelo robô na mesa de competição; Design do Robô, voltada à utilização da tecnologia LEGO® Mindstorm para o desenvolvimento do desenho mecânico de robôs autônomos, e Projeto de Inovação, em que os competidores apresentam propostas de solução para um problema do mundo real, conforme o desafio da temporada.
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