Eleições: Consciência regional fortalece voto da 'prata da casa'
Um sentimento regional começa a ganhar corpo neste processo eleitoral
Um sentimento regional começa a ganhar corpo neste processo eleitoral. Apesar do ano ser de eleições amplas, com centenas de candidatos a deputados estaduais e federais, além de senadores, governador e presidente, um fato vem a cada dia, conforme pesquisas de consumo interno, indicando a regionalização do voto em candidatos a estadual e federal.
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Esta é uma bandeira levantada por candidatos concorrendo a primeiro mandato e que está sendo assimilada de forma surpreendente pelos mais de 1,2 milhão de eleitores da região das regiões sul e sudeste do Pará. Um dado que confirma a aceitação desta bandeira é o percentual de eleitores indecisos, que caiu para 43%, por média histórica em eleições anteriores com a mesma configuração de candidatos, este número permeava os 56%.
A pergunta que todos fazem ao ler estes dados é: isso vai se consolidar nas urnas? A resposta é simples. Pesquisas são fotografias de momento, mas além deste momento elas refletem tendências, refletem o caminho novo que muitos eleitores estão começando a seguir e trocando a velha história de candidato copa do mundo – aquele que só aparece a cada quatro anos – pelo candidato “vizinho” – termo usado no marketing para definir proximidade.
Se a tendência se confirmar, a região de Carajás dará um grande passo em direção ao voto distrital, tão propalado em projetos no congresso, mas que nunca foi adiante em função do grande corporativismo político que teme este “monstro” chamado eleitor com consciência de pertencimento.
Na minha 15º campanha como consultor de marketing, nunca tinha visto uma onda tão forte em direção ao rochedo do voto de cabresto. É um início, pode ser um grande início e levar ao congresso nacional e a assembleia estadual novos nomes com CEP definido. Deputados que terão um lugar pra chamar de seu nas horas de luta por emendas e projetos para quem precisa na sua própria região.
Um começo do fim dos “caçadores de voto”, “das malas voadoras” que desembarcam em determinada cidade e arrancam do povo uma esperança fragilizada pelas promessas que nunca se cumprem.
Certamente este sonho vai se configurar em realidade tímida ou numa grande verdade com as quais os políticos terão que conviver daqui pra frente. Uma hora, algo muda na política e parece que a hora chegou.
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