Dom José Luís Azcona é sepultado na Catedral Nossa Senhora da Consolação, em Soure
Antes de ser levado ao Marajó, o corpo do religioso foi velado na Igreja São José de Queluz, no bairro de Canudos, em Belém, onde recebeu as últimas homenagens de fiéis e amigos
Foi sepultado na noite desta sexta-feira (22) o corpo de Dom José Luís Azcona Hermoso, de 84 anos, bispo emérito do Marajó. O sepultamento ocorreu por volta das 20h, na Catedral Nossa Senhora da Consolação, em Soure, na Ilha do Marajó, logo após a Missa com Exéquias, acompanhada por centenas de fiéis e membros da Igreja Católica.
Entre os religiosos, estavam presentes importantes lideranças religiosas: Dom José Ionilton Lisboa, bispo da Prelazia do Marajó; Dom Teodoro Mendes Tavares, bispo da Diocese de Ponta de Pedras; Dom Jesús María López Mauléon, bispo da Prelazia do Alto Xingu – Tucumã, e Dom Jesus Maria Cizaurre Berdonces, bispo emérito da Diocese de Bragança. Durante a missa, os religiosos refletiram sobre a trajetória e o legado de Dom Azcona, que se destacou pela luta contra o tráfico humano e o abuso sexual de crianças e adolescentes na região do Marajó.
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Dom José Luís Azcona, de 84 anos, faleceu na manhã da última quarta-feira (20), em Belém. O anúncio foi feito pela Prelazia do Marajó. Internado em cuidados paliativos no Hospital Porto Dias, Dom José Azcona teve uma trajetória reconhecida por sua dedicação aos mais vulneráveis. Antes de ser levado ao Marajó, o corpo do religioso foi velado na Igreja São José de Queluz, no bairro de Canudos, em Belém, onde recebeu as últimas homenagens de fiéis e amigos.
Em declaração sobre a morte de Dom José Azcona, Dom Antônio de Assis Ribeiro, bispo auxiliar da Arquidiocese de Belém e secretário da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) no Pará e Amapá, destacou a relevância do legado deixado pelo religioso.
“Dom Luís Azcona, antes de tudo, foi uma espécie de captador humano que percebeu necessidades, urgências e clamores do povo no ambiente onde ele trabalhava, a prelazia do Marajó, envolvendo diversos municípios muito carentes e pobres. Com sua sensibilidade social, ele chamou atenção para a urgência do desenvolvimento humano integral, especialmente para com aquela parte da população mais explorada e esquecida. Sua atuação nos fez refletir sobre a necessidade de um mutirão social para enfrentar os problemas sociais, que demandam uma responsabilidade conjunta de todas as autoridades”, disse.
Dom Antônio também ressaltou como Dom José Azcona integrou fé e ação em sua missão pastoral. “Com sua sensibilidade, Dom José Azcona nos estimulou a pensar na íntima relação entre fé e vida, entre a missão da igreja e a realidade do povo. Ele nos convidou a evitar toda forma de alienação e insensibilidade, denunciando as injustiças e promovendo a compaixão. Onde há vida religiosa sem compaixão, há uma profunda contradição. A igreja deve ser portadora e promotora da compaixão, que significa uma sensibilidade proativa capaz de responder aos problemas sociais”, declarou.
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