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Religiosos e amigos se despedem de Dom José Luís Azcona em Belém

Na noite desta quarta-feira (20/11), o corpo do Bispo Emérito da Prelazia do Marajó é velado na Paróquia São José de Queluz, em Canudos

Valéria Nascimento e Ana Laura Carvalho
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Amigos e admiradores se despediram do Bispo Emérito, Dom José Luís Azcona Hermoso, de 84 anos, que morreu, na manhã desta quarta-feira (20/11), em Belém. O corpo do religioso foi velado na Igreja São José de Queluz, na avenida Cipriano Santos, 311, no bairro de Canudos. A igreja fecharia à meia-noite, e reabriria às 5h30, desta quinta-feira, para as últimas homenagens, até o horário da Missa de Corpo Presente, às 7h. Às 9h, o corpo de Dom Azcona será levado para o município de Soure, no Marajó. O traslado deve acontecer entre 10h30 e 11h.

O velório de Dom Azcona registrou grande presença de amigos e religiosos. Um grupo cantou músicas religiosas, algumas em homenagem à padroeira dos paraenses, Nossa Senhora de Nazaré. Autoridades públicas enviaram coroas de flores, entre elas, o governador do Pará, Helder Barbalho.

Dom Azcona era figura bastante querida na capital paraense e em diversas cidades, além da Ilha do Marajó. Entre os presentes, religiosos de congregações e irmandades fizeram questão de lhe prestar as últimas homenagens, como a irmã Eunice Batista da Silva, da comunidade Filhas da Divina Graça, da qual Dom Azcona foi cofundador.

Exemplo de cristão simples e dedicado às pessoas pobres, disseram religiosos

"Dom Azcona era uma pessoa muito simples. Para resumir, Dom José Azcona era aquilo que ele pregava. O que ele pregava, ele era no dia a dia. Para nós, ele era o Evangelho vivo", disse ela.

"Ele conseguia expressar com as suas ações aquilo que era o evangelho. Um homem muito simples, que não tinha medo de nada. Falava a verdade, e ele nos ensinou a lutar pela Justiça, a lutar pela verdade, a viver a verdade e fazer ecoar a verdade que é a Palavra de Deus", acrescentou a irmã Eunice Batista.

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O bispo diocesano de Bragança, Jesús María Cizaurre Berdonces, da Ordem dos Agostinianos Recoletos, também foi se despedir do religioso, que era da mesma Ordem. “Eu desejo que ele se encontre na casa do Pai, que o Pai realmente veja a sua história, que é uma história heróica, de sacrifício, de luta, e a recompensa é o paraíso eterno. Esse é o meu desejo. Realmente, outra coisa não podemos desejar para ele, não é?”, disse o bispo de Bragança, que informou que, na atualidade, atua em uma paróquia de Paragominas, no sudeste estadual.

Para o frei Afonso de Carvalho Garcia, superior da Ordem dos Agostinianos Recoletos, Dom José Azcona foi um exemplo de dedicação à Igreja e às pessoas que mais precisam de amparo. “Para nós, agostinianos recoletos, em primeiro lugar, um grande exemplo de cristão, de frade. Um exemplo de dedicação à igreja, ao evangelho e sobretudo, este amor que ele tinha aos mais pobres, aos mais pequeninos”.

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