Cutias são fundamentais para a preservação de castanhais na Amazônia
Esses roedores são um dos poucos animais que conseguem roer a casca e o ouriço da castanha, dispersando as sementes e contribuindo para a germinação de novas árvores
Um vídeo gravado na Amazônia destaca o papel crucial das cutias, pequenos roedores, na regeneração das florestas, ao “plantarem” castanhas-do-Pará. Esses animais coletaram as sementes que caem das árvores e as enterraram em diferentes locais como forma de estocar alimento. No entanto, muitas dessas sementes não são consumidas e acabam germinando, dando origem a novas árvores.
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A interação entre as cutias e as castanheiras-do-Pará é vital para a preservação dessa espécie, pois esses roedores estão entre os poucos capazes de romper a dura casca do ouriço que protege as sementes. Além de garantir sua própria alimentação, o comportamento das cotias contribui para o equilíbrio ecológico do solo.
Especialistas ressaltam a importância de preservar a fauna local, como as cutias, que desempenham um papel essencial na dispersão de sementes e na renovação das florestas tropicais. A relação simbiótica com esses pequenos roedores mostra como a natureza se mantém e se perpetua apesar das transformações e agressões sofridas pela interferência humana.
A castanheira (Bertholletia excelsa Bonpl.) é uma das árvores mais representativas da floresta amazônica. Originária das matas de terra firme, é a mais longeva (pode viver centenas de anos), a de maior crescimento em diâmetro do tronco (há registros de indivíduos com mais de 5 metros de diâmetro) e a segunda maior em altura (atinge 50-60 metros de comprimento), ficando atrás apenas dos angelins.
Afinal, de quem é a castanha?
Um fato curioso sobre a castanheira é a origem do nome de seus frutos. Entre os indígenas do Pará, a amêndoa era conhecida como anhaúba, mas os europeus a chamavam por outro nome: castanha-do-maranhão. Com o passar do tempo, os colonizadores portugueses a denominaram “castanha-do-brasil”.
O nome castanha-do-Pará foi atribuído ao fruto quando o estado se tornou o maior exportador da iguaria. Atualmente a amêndoa é conhecida em todo mundo como “castanha-do-brasil”, designação dada pelo governo brasileiro na década de 1950. Contudo, outros países amazônicos produtores de castanha contestam a nomenclatura e sugerem o nome “castanha-da-amazônia”.
(*Com informações do portal do Museu Emilio Goeldi)
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