Salinas: 109 filhotes de tartaruga são soltos e atraem turistas em Unidade de Conservação do Atalaia
Quelônios agora dão início a um novo ciclo de crescimento, reprodução e continuidade da espécie, que está ameaçada de extinção.
Após semanas acomodadas em um berçário nas adjacências da Unidade de Conservação (UC) Monumento Natural do Atalaia, em Salinópolis, 109 filhotes de tartarugas marinhas agora dão início a um novo ciclo de crescimento, reprodução e continuidade da espécie.
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O fenômeno natural foi registrado no final da tarde da última terça-feira (13) por pesquisadores do Projeto de Monitoramento de Desovas de Tartarugas Marinhas (PMDTM) e profissionais ligados às instituições do Governo do Pará, como o Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade (Ideflor-Bio), o Departamento de Trânsito do Estado do Pará (Detran) e demais agentes de segurança pública.
A soltura dos quelônios, que é a primeira registrada no local em 2023, atraiu curiosos que aproveitavam o principal balneário do litoral paraense, a Praia do Atalaia, além de estudantes da rede pública municipal e moradores do entorno. Na ocasião, o público pôde compreender o papel que a UC do Ideflor-Bio - Monumento Natural do Atalaia - desempenha para a manutenção do ecossistema da região.
Desde fevereiro deste ano, o Ideflor-Bio e os órgãos de segurança pública realizam o bloqueio de 3 km da faixa de areia da Praia do Atalaia para a proteção de cinco espécies de tartarugas marinhas: Caretta caretta (tartaruga-cabeçuda), Lepidochelys olivacea (tartaruga-oliva), Chelonia mydas (tartaruga-verde), Eretmochelys imbricata (tartaruga-de-pente) e Dermochelys coriacea (tartaruga-de-couro) - que utilizam o local para desova e, posteriormente, é o local onde ocorre a eclosão dos ovos.
Trabalho em equipe - Para a bióloga e coordenadora de campo do PMDTM, Josie Barbosa, “a sensação é de dever cumprido, mas ainda há muito trabalho pela frente. O monitoramento realizado por nossas equipes não terminou. A gente vai continuar com os trabalhos até julho. Há muitas tartarugas previstas para subir, fora que mais de 500 ovos continuam em incubação e sob nossos cuidados”.
Barbosa disse, ainda, que o envolvimento de toda a sociedade é fundamental para o progresso das atividades.
Atualmente, a Mineral Engenharia e Meio Ambiente executa o PMDTM, que monitora áreas de desova de tartarugas no litoral paraense. O projeto é uma medida de mitigação exigida pelo licenciamento ambiental federal, conduzido pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
Preservação - O Monumento Natural do Atalaia é uma UC de Proteção Integral do Ideflor-Bio, criada em 2018 para preservar os ecossistemas de manguezais, restingas e dunas do Atalaia. Este é um dos últimos locais preservados nessa área e que abriga diversas espécies de animais, entre mamíferos e uma rica avifauna residente e migratória, com atenção especial aos períodos de reprodução das tartarugas marinhas que sobem à Praia do Atalaia, no período noturno, para depositar seus ovos.
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