Condenado à pena de morte pede adiamento de execução para doar rim
Defesa do detento alegou que o rapaz foi considerado um 'excelente candidato' para doação
Um detento condenado à morte, marcada para a próxima semana, pediu que sua execução fosse adiada para que ele pudesse doar um de seus rins. Ramiro Gonzales deve receber uma injeção letal no dia 13 de julho no Texas, Estados Unidos, por matar a tiros Bridget Townsend, de 18 anos, em 2021, segundo o site norte-americano NBC News. As informações são do portal Uol.
Em carta enviado na última quarta-feira (29), Thea Posel e Raoul Schonemann, advogados de Gonzales, pediram ao governador do estado, Greg Abbott, que conceda uma suspensão de 30 dias para que o preso possa ser considerado um doador vivo a alguém que precise "urgentemente" de um transplante de rim.
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No pedido, a defesa de Gonzales incluiu uma carta de Cantor Michael Zoosman, um clérigo judeu ordenado do estado de Maryland que tem trocado correspondências com o preso.
"Não tenho dúvidas de que o desejo de Ramiro de ser um doador de rim altruísta não é motivado por uma tentativa de última hora de impedir ou atrasar sua execução", disse Zoosman.
A defesa ainda alegou que o rapaz foi considerado um "excelente candidato" para doação após uma avaliação da equipe de transplante da Universidade do Texas. O que ajuda ainda mais o detento é que, segundo o diagnóstico, ele tem um tipo sanguíneo raro, o que significa que a doação do órgão pode ajudar alguém que esteja há bastante tempo esperando.
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Além do pedido ao governador, os advogados fizeram um pedido separado ao Conselho de Indultos e Liberdade Condicional do Texas para uma suspensão de 180 dias relacionada à doação do órgão. Eles devem votar essa pauta em 11 de julho.
Robert Dunham, diretor-executivo do Centro de Informações sobre Pena de Morte, disse que o pedido de adiamento de execução para que doação de órgãos seja realizada é algo raro entre os presos no corredor da morte. "Os céticos pensarão que isso é simplesmente uma tentativa de atrasar a execução. Mas, se esse fosse o caso, acho que você veria muitos pedidos assim".
(Luciana Carvalho, estagiária da Redação sob supervisão de Keila Ferreira, Coordenadora do Núcleo de Política).
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