Condenado à morte escolhe fuzilamento ao invés de cadeira elétrica nos EUA
País está abandonando o método de injeção letal devido a recusa dos fabricantes em fornecer os ingredientes para a aplicação
Um homem condenado à morte escolheu o fuzilamento ao invés da cadeira elétrica como execução pelo assassinato de um funcionário de um supermercado durante um assalto em 1999, nos EUA. Richard Moore, um afro-americano de 57 anos, tomou a decisão na última sexta-feira (15), e deverá ser a primeira pessoa executada na Carolina do Sul, em quase dez anos. As informações são da AFP.
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Apesar de as últimas execuções no país terem sido realizadas por meio de injeção letal, a Carolina do Sul está abandonando esse método devido a recusa dos fabricantes em fornecer os ingredientes necessários para a aplicação.
A pena de Moore deverá ser executada por três voluntários com rifles, pertencentes ao Departamento Penitenciário da Carolina do Sul. No entanto, os advogados de defesa alegaram que a execução viola um veto constitucional sobre "punição cruel e incomum", e um juiz concordou em ouvir os argumentos da defesa.
"A cadeira elétrica e o pelotão de fuzilamento são métodos de execução antiquados e bárbaros que foram deixados para trás por praticamente todas as jurisdições americanas", disse Lindsey Vann, uma das advogadas de Moore.
A cadeira elétrica já foi usada em sete das 43 execuções na Carolina do Sul desde 1985. Já o fuzilamento só foi usado três vezes nos EUA — sempre no estado de Utah, no oeste — desde 1976, quando a Suprema Corte Americana restabeleceu a pena de morte no país.
(*Emilly Melo, estagiária, sob supervisão de Keila Ferreira, coordenadora do Núcleo de Política)
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