Homem negro é inocentado quase 100 anos depois de ser condenado à pena de morte
O caso é o mais recente reconhecimento de injustiças raciais históricas no sistema legal dos Estados Unidos
Um homem negro, condenado à pena de morte em 1931 pelo suposto assassinato de uma mulher, foi inocentado pelo tribunal da Pensilvânia, nos Estados Unidos, nesta semana. Alexander McClay Williams, então com 16 anos, foi condenado por um júri formado por brancos em apenas quatro horas de julgamento. Ele foi o mais jovem já condenado à morte no estado. As informações são de O Globo.
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“Estou feliz que finalmente acabou como deveria no começo”, disse a irmã de Williams, Susie Williams-Carter, que tem 92 anos e sustentou a alegação por décadas. “Nós só queríamos que fosse derrubada [a acusação], porque sabíamos que ele era inocente, e agora queremos que todos saibam disso também”, completou.
O procurador distrital do condado de Delaware, Jack Stollsteimer, disse em comunicado que o caso foi arquivado na segunda-feira, após anos de litígio. A decisão “é um reconhecimento de que as acusações contra ele nunca deveriam ter sido feitas”, segundo o comunicado.
O caso é o mais recente reconhecimento de injustiças raciais históricas no sistema legal dos Estados Unidos, que condenou, e em alguns casos executou, americanos inocentes, muitos deles negros, no século seguinte à Guerra Civil, entre 1861 e 1865.
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